“Energia limpa é narrativa, basta ver o pantanal queimar” 

Enquanto o pantanal agoniza no queimação, o estado que abriga a maior secção do bioma se tornou recentemente o quarto maior produtor de etanol. A safra de cana-de-açúcar do Mato Grosso do Sul ultrapassou pela primeira vez a marca de 50,5 milhões de toneladas, produzindo 2,1 milhão de toneladas de açúcar e 3,7 bilhões de litros de etanol.

A relação entre o progressão do etanol e as áreas queimadas não pode ser comprovada de pronto, mas um estudo recente da UFRJ mostra que 95% do queimação no pantanal tem origem em propriedades privadas e  quase nenhum incêndio tem indícios de ter começado por causas naturais, porquê raios.

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Os biocombustíveis são amplamente defendidos porquê importante opção aos produtos fósseis no combate às mudanças climáticas. Mas na verdade também têm sido causadores de desmatamentos, queimadas e conflitos pela terreno.

“O Brasil tem um duelo importante, que é controlar onde serão inseridas essas culturas de biocombustíveis. Tem que ter mapeamento e zona de exclusão”, afirma o pesquisador Felipe Barcellos, do Instituto de Virilidade e Meio Envolvente (Iema).

Foto: Divulgação

Além de zonas de exclusão de culturas, o pantanal carece de unidades de conservação. Exclusivamente 4,66% de sua dimensão é protegida com UCs.

Na Amazônia, além de áreas protegidas de conservação, há também zonas de exclusão específicas que proíbem o cultivo de cana de açúcar. 

“Lá o etanol está controlado.Tapado é o que mais desmata porque não tem regulação”, acrescenta o engenheiro.

Segundo a Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), existem hoje no estado pelo menos 19 unidades produtoras de etanol hidratado; 12 produtoras de anidro, duas produtoras de etanol a partir do milho e 10 produtoras de açúcar. 

“Nenhum tipo de robustez está isento de impactos ambientais. A robustez limpa é uma narrativa”, afirma Barcellos, em entrevista à Escritório Nossa.

Mas existem as que impactam menos

Todas impactam o meio envolvente, mas as fontes hídricas, eólica e solar trazem menos consequências negativas. Um estudo do Núcleo Brasil no Clima, Fundo Moradia Socioambiental, Grupo Ambientalista da Bahia e Instituto Climainfo, com escora do Instituto Clima e Sociedade destalha algumas dessas alternativas: 

Hídrica: é preciso fortalecer os reservatórios –“os reservatórios de chuva são a bateria que o Brasil precisa para variar sua matriz elétrica sem combustíveis fósseis, conquistando robustez firme para o propagação econômico. As sinergias da geração hidrelétrica com outras fontes renováveis, a flexibilidade operativa e o armazenamento de chuva em reservatórios, que pode ser usada porquê complemento de ventos e ou irradiação solar, aumentam a confiabilidade do suprimento com firmeza sazonal. À medida em que as energias eólica e solar ocupam uma fatia maior da matriz, é preciso rever a forma de utilizar os reservatórios, pois a demanda aumenta significativamente.

Éólica: “Desde o primeiro leilão realizado em 2009, a robustez eólica centralizada tem sido o destaque da expansão das fontes renováveis no Brasil, com custos de instalação que caíram 58% de 2010 a 2021. No país, o Nordeste é o destaque, com 805 parques em operação mercantil e 19,5 GW instalados em terreno, o equivalente a mais de 10% da potência totalidade instalada hoje no país. Estima-se um investimento de mais de R$ 50 bilhões na nascente eólica até 2030 no país, e o Nordeste será principalmente contemplado11. A tendência de propagação para os próximos anos coloca a região porquê um dos principais centros produtores de robustez para o desenvolvimento do Brasil”. 

Solar: “As centrais solares fotovoltaicas começaram tímidas no Nordeste, mas os planos para os próximos anos são saltar de 5,8 GW instalados hoje para os 28,7 GW outorgados.  Os avanços tecnológicos e o aumento da produção de robustez elétrica com base solar nos últimos anos têm reduzido os custos – globalmente, eles caíram 13% entre 2020 e 2021 – e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos equipamentos. Módulos produzidos no Brasil são elegíveis para taxas de juros baixas de financiamento, porém atenderam a somente 3,8% da demanda em 2020. Já existe um processo significativo de redução de custos e incentivos governamentais, mas ele pode ser melhor estimulado pela gestão pública”.

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