Fim da escala 6×1: “Discussão diz respeito ao bem-estar dos trabalhadores“, diz secretário da Fazenda

O secretário de Política Econômica do Ministério da Quinta, Guilherme Mello, afirmou, nesta segunda-feira (18), que a discussão sobre o término da graduação 6×1 diz reverência ao bem-estar físico e mental dos trabalhadores.

“Acho que a discussão da graduação 6×1 é uma discussão que diz reverência muito mais diretamente ao bem-estar físico e mental dos trabalhadores, seu tempo de sota em um mundo que sofre cada vez mais de ansiedades, depressões, problemas ligado à fadiga e ao burnout“, disse o secretário durante a apresentação do Boletim Macrofiscal.

Segundo Mello, é difícil medir os impactos econômicos de uma eventual mudança na jornada de trabalho no país.

“Quanto aos efeitos econômicos de uma eventual mudança da graduação 6×1, eu acho que precisamos olhar com muito mais zelo. É evidente que ganhos em produtividade sempre facilitam esse processo, tornam esse processo menos impactante. Mas, de alguma forma, acredito que os impactos econômicos também não são tão fáceis de prezar”, acrescentou.

Mello reiterou que as evidências científicas dos impactos econômicos na mudança da graduação 6×1 não é conclusiva.

“Qualquer pessoa que vier colocar de maneira granítica sobre o que vai sobrevir, eu acho que está vendendo uma crença, não um vestuário. Nós sabemos que, evidentemente, se você tem uma melhoria da produtividade, fica mais tranquilo esse processo”, declarou.

“Mas mesmo as medidas de produtividade não são fáceis de auferir e tão precisas quanto nós gostaríamos”, concluiu o secretário.

PEC que pede término da graduação 6×1 chega a 231 assinaturas

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o término da graduação 6×1 — uma folga a cada seis dias de trabalho — chegou a 231 assinaturas nesta sexta-feira (15), de congraçamento com a equipe da deputada federalista Erika Hilton (PSOL-SP), autora do projeto.

O projeto já alcançou o suporte necessário para encetar a tramitar no Congresso. Eram necessárias as assinaturas de, ao menos, 171 dos 513 deputados.

A medida prevê que a duração do trabalho não seja superior a oito horas diárias e 36 semanais, com jornada de quatro dias por semana e três de sota, ou seja, passaria a valer a graduação 4×3.

Em entrevista à CNN, Erika Hilton afirmou que a proposta “vai ter um tempo de transição” para os empregadores.

“Essa mudança vai ser gradual. O texto prevê um tempo, e esse tempo pode ser adequado a depender das conversas que nós façamos com os setores, para entender a dinâmica dessa mudança“, declarou.

(Com informações de Douglas Porto, da CNN, em São Paulo)

Termo da graduação 6×1 tem 67% de postagens em prol nas redes, aponta estudo

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios