Cenário é desafiador com juros altos, diz economista-chefe da Fiesp ao CNN Money

O cenário de juros altos é provocador para o progresso do setor industrial no Brasil, afirmou Igor Rocha, economista-chefe da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em entrevista ao CNN Money nesta segunda-feira (18).

A projeção da entidade para o Resultado Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre deste ano é de propagação de 0,5%, sendo que a indústria universal tende a ter subida de 1,7%, com resultados positivos disseminados entre todos os subsetores.

Segundo Rocha, apesar da perspectiva de propagação para oriente ano, a previsão é de perda de fôlego devido à subida da taxa básica de juros, a Selic.

“Temos essa globo de neve. Quando olhamos a taxa de juros bastante elevada, tendemos a projetar um cenário provocador mais avante. Tudo depende do quão o setor continuará aquecido no próximo ano”, explica.

Rocha destaca que a indústria deve ter dificuldades pela sensibilidade do setor a taxas de juros mais elevadas.

“O setor [industrial] não tem mecanismos porquê o Projecto Safra, por exemplo, quando tem um aperto monetário muito possante para contornar essa situação”.

O economista-chefe ressalta que, por outro lado, os programas Novidade Indústria Brasil e Projecto Mais Produção surgem porquê alternativas para o setor.

“Por outro lado, vem surgindo programas destinados à indústria que ajudam a contornar esse cenário de uma maneira melhor do que tínhamos antes e que contribuem para explicar o propagação do setor”.

Segundo a Fiesp, é esperado que o subsetor de transformação, que converte a matéria-prima para resultado final ou intermediário para outra indústria, mantenha a trajetória positiva de recuperação, estimada em 1,5% neste 3º trimestre.

Para Rocha, o cenário brasílico é atípico em confrontação ao resto do mundo, mesmo com o atual aperto monetário em vigência.

“O Brasil, mesmo nesses momentos, surpreende. Se colocássemos a taxa de juros que temos em qualquer outro país do mundo, nós veríamos uma recessão bíblica, o que não vem acontecendo cá”, ressalta.

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