“Uma serenata de amor ao Rio“, diz filha de Manoel Carlos sobre legado do autor

Prestes a engatar o seu primeiro projeto frente à produtora Boa Vocábulo, a atriz e diretora criativa Júlia Almeida, 41, filha de Manoel Carlos, 91, reflete, com exclusividade à CNN, o saldo deixado pelo pai diante da atual leva de autores brasileiros.

“Acredito que uma das coisas mais preciosas foi esse universo inteiro que ele construiu nas novelas. Manoel Carlos está para o Rio de Janeiro assim uma vez que Woody Allen está para Novidade York“, brinca.

Nesta terça-feira (17), às 19h, a empresária lança, no YouTube, o documentário “O Leblon de Manoel Carlos” – projeto tirado do papel para preservar o legado criativo do responsável, tanto para os admiradores, quanto para futuras gerações.

“Grandes diálogos, uma tocata de paixão para o Rio, [ele] falava de problemas do nosso dia a dia. Isso não é fácil de materializar em uma romance ou série. É mais ou menos uma vez que pedir uma maquiagem ligeiro para um maquiador. O profissional vai levar mais tempo fazendo uma pele ‘quase zero’ do que uma maquiagem pesada. E isso exige técnica”, acrescenta Júlia.

Muitas Helenas e ares de Leblon: as criações de Manoel Carlos

Renomado na teledramaturgia brasileira, Maneco se destacou pelo olhar uno e reparo apurada de detalhes do cotidiano para incluir em obras de sucesso uma vez que “Laços de Família” (2000), “Mulheres Apaixonadas” (2003) e “Viver a Vida” (2010).

Nesta trajetória, o Leblon – bairro tipicamente carioca da zona sul – surgiu uma vez que um tecido de fundo médio para ambientar os enredos propostos. Segundo a atriz, a região foi uma vez que um “personagem importante” nos folhetins.

“Ele colocou esse holofote no bairro gerando curiosidade. A partir daí, ao meu ver, o Leblon é um bairro de libido. Seja para visitar, morar, transfixar um empreendimento ou ir à praia. Mas, no caso do Manoel, ele criou um universo que acompanha isso. Tudo vem junto de uma trilha sonora, personagens e bordões”, acrescenta.

Com a atual tendência da geração Z em resgatar estéticas, visuais e tudo que marcou o entretenimento durante os anos 2000, é generalidade que no TikTok – rede social dominada por esse público – trechos de trabalhos assinados por Manoel viralizem rapidamente.

Por lá, inclusive, influenciadores e criadores de teor fazem referências às vivências das diversas Helenas, protagonistas do responsável.

@streetstylebrenda

aprendam com quem sabe🤝🏻 elas arrasam👒🤍 qual desses looks vc usaria? *esse vídeo não é sobre idade😉 #whatpeoplearewearing #fashion #helenas #manoelcarlos #riodejaneiro #riodejaneiro #fashionover50 #streetstylebrenda #fyp #streetstyle #tendência

♬ som original – MPB do nosso jeito

Segundo Júlia, apesar de tantas obras, algumas são elencadas pelo pai com um plus extra. “Ele tem um grande carinho por todos os trabalhos, mas, em privativo: ‘A Sucessora’ (exibida entre 1978 e 1978 – uma vez que uma adaptação do livro homônimo de Carolina Nabuco) e ‘O Magnata’. A segunda, inclusive, ele escreveu para fora do Brasil […] O público ainda tem muito que deslindar sobre Manoel Carlos”, conclui.

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