Querem atribuir culpa dos incêndios ao agro, diz presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio à CNN
A Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA) está se mobilizando para rebater as acusações de que o setor seria responsável pelos incêndios que atualmente afetam várias regiões do Brasil. O presidente da FPA na Câmara, deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirmou à CNN que o agronegócio está sendo cândido de uma ofensiva por segmento de ambientalistas.
Segundo Lupion, entidades uma vez que a Fala dos Povos Indígenas e a SOS Mata Atlântica lançaram uma campanha com o slogan “O agro é incêndio”, responsabilizando o setor pelos incêndios na Amazônia. Os ambientalistas alegam que as queimadas são realizadas para limpar terrenos destinados à pecuária.
Resguardo do setor
O deputado argumenta que o agronegócio é, na verdade, o mais prejudicado por esses incêndios e que não faria sentido o setor destruir seus próprios territórios. Lupion ressalta que há um esforço conjunto, inclusive com escora da FPA a iniciativas no Congresso Vernáculo, para regularizar a situação fundiária, mormente na Amazônia.
Por outro lado, ambientalistas apontam para a dificuldade de fiscalização das atividades pecuárias na região amazônica. Eles argumentam que esse tipo de atividade exige pouco preparo e muitas vezes é terceirizada, tornando o controle um duelo significativo.
Comparações com governos anteriores
A discussão também envolve comparações com períodos anteriores. O ex-ministro do Meio Envolvente Ricardo Salles afirmou que durante o governo de Jair Bolsonaro havia uma pressão da opinião pública e cobrança internacional muito maiores do que se vê atualmente no governo Lula, apesar de os focos de incêndio atuais serem mais numerosos.
O presidente Lula demonstra preocupação com a repercussão internacional desses eventos. Há informações de que a questão do meio envolvente e das queimadas será abordada em seu oração na início da Câmara Universal da ONU, evidenciando a relevância do tema no cenário político atual.
Enquanto isso, a Polícia Federalista investiga as origens e motivações desses incêndios simultâneos, buscando prescrever se há uma ação articulada ou se são focos isolados. A situação permanece tensa, com uma evidente guerra de narrativas sobre a responsabilidade por esses eventos que têm causado significativos danos ambientais e econômicos ao país.