Traficantes que trocaram malas de brasileiras por bagagens com drogas em Guarulhos são condenados
A Justiça Federalista condenou seis líderes de uma organização criminosa envolvida em um esquema de tráfico de drogas para a Europa por meio de trocas de malas de passageiros no Aeroporto de Guarulhos.
Os dois principais mandantes do grupo foram condenados a 39 anos e oito meses, e 26 anos e três meses de prisão. Eles eram responsáveis pela compra da droga que seria traficada à Europa por meio do método de trocas de malas.
Os outros réus tiveram suas penas fixadas entre 7 anos a 16 anos e quatro meses de prisão. Eles tinham a função de comandar a logística da remessa de drogas para o exterior, desde a chegada do material ao aeroporto até a ingressão das malas nas aeronaves.
Segundo a investigação, alguns deles trabalhavam em prestadoras de serviços no terminal do aeroporto e aliciavam colegas para a realização de tarefas uma vez que receptação das malas com cocaína em áreas restritas, além da troca de etiquetas.
A sentença determinou, ainda, a manutenção da prisão preventiva de todos os réus do caso.
As condenações se deram depois pedido do Ministério Público Federalista (MPF).
Brasileiras foram vítimas
Em um dos casos de trocas de etiquetas de malas, as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini foram presas em Frankfurt, na Alemanha, onde ficaram presas por quase 40 dias, depois a interceptação de 40 quilos de cocaína na bagagem em março de 2023.
Elas foram absolvidas pela justiça alemã em dezembro de 2023. Segundo a advogada Luna Provázio, que defendeu o parelha, o processo criminal foi completamente encerrado oito meses depois a libertação das brasileiras da prisão.
No Instagram, Kátyna agradeceu às advogadas que cuidaram do caso: “Se hoje desfrutamos da nossa liberdade, temos a Justiça de Deus supra de tudo e esses nossos anjos em terreno que lutaram, defenderam e defendem nossa inocência.”
Também na rede social, Jeanne classificou a notícia uma vez que “presente de Natal” e também agradeceu às advogadas. “Esperamos que mude a abordagem da polícia alemã em aeroportos”, escreveu.
Relembre o caso
No início de março, Jeanne Paolini e Kátyna Baía tiveram as etiquetas das bagagens trocadas por malas com drogas e foram detidas quando chegaram ao aeroporto de Frankfurt, na Alemanha. O parelha ficou recluso por um mês e descreveu o envolvente uma vez que “desesperador”.
Segundo a Polícia Federalista (PF), ambas saíram do aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia (GO), fazendo graduação no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Porém, no terminal airado em São Paulo, tiveram as etiquetas trocadas por um grupo criminoso com malas carregadas de drogas.
A liberação das duas ocorreu depois a PF e o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviarem às autoridades alemãs as provas da inocência das passageiras goianas.
Outra vítima do esquema
A Polícia Federalista identificou outra brasileira vítima da quadrilha que trocava etiquetas de bagagens em aeroportos para enviar drogas à Europa.
O transgressão foi constatado durante o desembarque da mulher em Paris, na França, em 3 de março. Um dia depois, duas goianas foram presas na Alemanha pelo mesmo motivo.
Segundo o solicitador Bruno Gama, responsável pela investigação, a vítima embarcou em Goiás rumo a Paris, mas a troca de etiquetas teria ocorrido durante graduação no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
Apesar de a bagagem ter sido apreendida com drogas na França, a mulher não chegou a ser detida no exterior porque dois suspeitos pelo transgressão foram identificados e presos.
“A brasileira saiu com as malas pessoais normalmente, em Paris. Mas dois integrantes da organização foram presos em flagrante com a mala com drogas”, explicou o solicitador.
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