‘Não vimos o pior cenário’

Divugação

Fenômeno faz com que os alagamentos durem mais

Além das chuvas e o indiferente
, o Rio Grande do Sul enfrenta uma maré meteorológica positiva, ou seja, o fenômeno ocorre quando existe uma sobrelevação do nível do mar, desencadeada por uma subida pressão atmosférica no continente e uma baixa pressão atmosférica no oceano.

“As duas estão soprando ventos intensos na mesma direção e ficam a um manifesto tempo estacionadas na região. O que desculpa um fenômeno chamado Transporte de Ekman, que é esse sopro de vento em direção ao continente que desculpa a subida das águas”, explica a meteorologista Claudia Klose Parise ao UOL.

Ou seja, com duas correntes de vento fortes e constantes expandindo na mesma direção, a chuva rebuçado dos lagos não consegue escoar para o oceano. Isso mantém – e às vezes até aumenta – o nível dos alagamentos.

“A bacia hidrográfica do Guaiba tem 84 milénio km². Medimos o escoamento no pico da enchente na semana passada e a vazão estava em 30 milhões de litros por segundo”, diz Elírio Toldo Jr., professor do Meio de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica (CECO) e da Universidade Federalista do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo ele, isso representa 15 vezes mais do que a média da bacia.

A técnico Cláudia Parise alerta que o pior cenário ainda está por vir no Rio Grande do Sul.

“A previsão é que vamos chegar no sumo da enchente até o dia 21 de maio. Ainda não vimos o pior cenário”, disse ao UOL.

Chuvas na região

Segundo a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do Rio Grande do Sul, o estado deverá receber mais chuvas nesta sexta-feira (17). “A chuva retorna, vindo pelo noroeste e setentrião gaúcho, passa pelo núcleo e vai até a região nordeste. Ou seja, em todas essas áreas, as chuvas retornam a partir da tarde. Os volumes variam de 20 a 40 milímetros ao longo desta quinta-feira”, diz a previsão.

Rio Grande do Sul

De consonância com o último boletim divulgado pela Resguardo Social,  o Rio Grande do Sul registra 151 mortes,104 desaparecidos e 806 pessoas feridas.
No totalidade, 461 dos 496 municípios do estado enfrentaram qualquer tipo de problema, afetando mais de 2 milhões de pessoas.

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