Bolsas europeias operam em baixa com decisões de Fed e BoE sobre juros no radar

As bolsas da Europa oscilam com viés negativo nas primeiras horas de uma semana que será marcada por decisões de juros nos Estados Unidos e no Reino Uno. A agenda relativamente esvaziada no exterior mantém investidores hesitantes em firmar direcionamentos mais convictos.

Por volta das 06h50 (de Brasília), o índice Stoxx 600 caía 0,11%, a 515,40 pontos.

Dados de inflação haviam consolidado a expectativa de que o Federalista Reserve (Fed) abriria o ciclo de relaxamento monetário com um namoro de 25 pontos-base nos juros na quarta-feira (18). No entanto, reportagens do The Wall Street Journal e do Financial Times pintaram um quadro de indecisão no Comitê Federalista de Mercado Simples (FOMC, na {sigla} em inglês) e embaralharam as apostas do mercado.

Nesta manhã, a curva futura precificava tapume de 60% de chance de o Fed optar por uma redução de meio ponto porcentual na taxa básica, conforme monitoramento do CME Group. Mas analistas ainda enxergam um cenário incomum de incertezas na véspera do primeiro dia da reunião da mando monetária.

O Societe Generale ainda espera um primeiro passo mais comedido no processo de atraso, mas reconhece o risco de que o mercado “force a mão” do Fed por um conforto ofensivo. Amanhã, as leituras de agosto de produção industrial e vendas no varejo dos EUA podem fornecer pistas nesse sentido, de concórdia com a estudo.

Do outro lado do Atlântico, o Banco da Inglaterra (BoE) deve preservar os juros básicos em 5% na quinta-feira (19), depois de ter dissociado no mês pretérito, segundo o Goldman Sachs. O banco americano explica que a notícia recente da instituição monetária aponta para uma abordagem cautelosa no ritmo de conforto das condições.

Dirigente do Banco Medial Europeu (BCE), Peter Kazimir afirmou hoje que a decisão de diminuir a taxa básica na semana passada foi “apropriada”, mas ponderou que os riscos de inflação ainda persistem. Por isso, Kazimir argumenta que o BCE deve esperar até dezembro para voltar a reduzir os juros.

Entre ações individuais, Assicurazioni Generali avançava 2,19% em Milão, depois que o Jefferies elevou de “manter” para “compra” a recomendação da seguradora, diante do perfil de reles risco e rápido prolongamento da companhia. Em Paris, Rexel saltava 9,75%, depois a distribuidora de equipamentos elétricos rejeitar oferta de compra pela QXO, do bilionário Brad Jacobs.

UniCredit subia 1,59% e Commerzbank perdia 0,58% em suas respectivas bolsas, ainda de olho nas discussões sobre uma potencial fusão. O CEO da instituição italiana, Andrea Orcel, disse ao jornal Handelsblatt que uma combinação poderia aditar valor aos dois grupos financeiros.

No horário citado supra, a Bolsa de Londres subia 0,10%, Frankfurt caía 0,34% e Paris perdia 0,06%. Lisboa recuava 0,26%, mas Milão ainda subia 0,20%. No câmbio, o dólar avançava a US$ 1,1120 e a libra, a US$ 1,3185. Na renda fixa, os juros dos Bunds alemães operavam em subida, mas os dos BTPs italianos caíam.

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