
Lewandowski pede fortalecimento da cláusula democrática do Mercosul após ataque de homem-bomba
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, condenou o ataque à petardo na Terreiro dos Três Poderes e defendeu um reforço na cláusula democrática do Mercosul.
“Esses trágicos episódios nos fazem refletir que, mais do que nunca, é preciso substanciar a cláusula democrática que está escrita em nossos tratados fundantes – os tratados que sustentam essa associação importantíssima que é o Mercosul”, disse Lewandowski nesta quinta-feira (14), na franqueza da 60ª reunião de ministros da Justiça do Mercosul e estados associados, em Montevidéu, Uruguai.
A cláusula democrática do Mercosul exige que os países membros mantenham instituições democráticas para fazer secção do conjunto.
“É precípuo substanciar essa cláusula democrática por meio de instrumentos legais e de ações coordenadas, que lhe deem efetividade e impeçam retrocessos institucionais”, concluiu o ministro.
O que aconteceu
Na noite de quarta-feira (13), duas fortes explosões foram registradas nas proximidades do Supremo Tribunal Federalista (STF). No lugar, foi encontrado o corpo de um varão — que mais tarde foi identificado uma vez que Francisco Wanderley Luiz.
A Polícia Militar do Província Federalista (PMDF) também confirmou a explosão de um sege, pertencente a Francisco, no Incluído 4 da Câmara dos Deputados.
Publicado uma vez que Tiü França, o ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em Santa Catarina foi o responsável pelas explosões.
Em nota, o PL de Santa Catarina informou que “reafirma sua posição contra qualquer ato de violência que fira pessoas ou ameace as instituições democráticas”. O partido também disse que defende “firmemente o estabilidade entre os poderes da República” e que “nossas bandeiras sempre serão pautadas na resguardo de democracia”.
Segundo as informações preliminares, Francisco Wanderley já tinha passagem pela polícia e foi recluso em dezembro de 2012. Ele é o proprietário do veículo encontrado na cena do transgressão.
As autoridades permaneceram durante toda a noite realizando uma operação de varredura antibombas no lugar. A polícia também atuou para desativar artefatos plugados no corpo do tipo, que permaneceu no lugar do atentado até a manhã de quinta.
Em seguida as explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Projecto Escudo — que permite a atuação do Tropa nos palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu e da Granja do Torto sem uma operação formal de Garantia da Lei e da Ordem.
A Polícia Federalista (PF) abriu um questionário policial para investigar o caso.