PF indicia Anderson Torres e Silvinei Vasques por bloqueios em estradas no 2º turno de 2022

A Polícia Federalista indiciou nesta sexta-feira o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federalista (PRF) Silvinei Vasques pelo violação de impedir, com ocupação de violência física, sexual ou psicológica, o treino de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou proveniência vernáculo.

De tratado com o sindicância, no segundo vez do pleito presidencial, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), ambos teriam agido para dificultar o deslocamento de eleitores, sobretudo, em estados do Nordeste, onde se concentram os votos para Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Na ocasião, em 2022, estradas da região foram bloqueadas por blitzes da PRF. A tarde, por formalidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), o trânsito foi liberado.

Torres e Vasques chegaram a ser presos preventivamente por formalidade também de Moraes. O procurador da PF é investigado também por suposta preterição nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Já o patrão da PRF foi solto na semana passada, depois um ano.

Outros indiciados

Além deles, outros quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça também foram indiciados pelo mesmo violação: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

Nesta sexta, a PF pediu ao STF um prazo maior para realizar os interrogatórios dos indiciados e apresentar à Golpe a epílogo das investigações.

O jurista Eduardo Nostrani Simão, que defende Silvinei, diz em nota que o indiciamento não motivo preocupação, pois, em sua visão, o violação atribuído a seu cliente não se aplica ao caso. “Se o trajo tivesse sido praticado seria em razão de preferência política, e não, em razão de proveniência vernáculo — preferência política não é um dos elementos do tipo penal”, afirma.

Procurada pelo GLOBO, a resguardo de Anderson Torres ainda não se manifestou sobre o indiciamento.