O que um piloto de avião deve fazer ao se deparar com um OVNI no espaço aéreo brasileiro? Entenda

A presença de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) já foi relatada diversas vezes por profissionais que atuam no espaço distraído brasílio. Os dados são compilados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Somente em 2023, murado de 30 notificações foram realizadas.

Recentemente, o Registo Pátrio divulgou novos relatos feitos por pilotos brasileiros aos Centros Integrado de Resguardo Aérea e Controle de Tráfico Airado (Cindactas) a saudação de avistamento de OVNIs. Embora os casos sejam catalogados, a FAB “não realiza estudos e análises acerca do tema”, diz transmitido da instituição.

Mas, por fim, qual é o procedimento que deve ser adotado por profissionais que atuam em aeronaves? A CNN conversou com especialistas e entidades do setor distraído. Saiba aquém quais são os procedimentos que devem ser adotados.

Regras estabelecidas pela FAB

De concordância com a FAB, cabe ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) ser o responsável por reportar ao Registo Pátrio, qualquer avistamento de OVINIs. A partir disso, “o Comando da Aviação recebe, registra, cataloga e encaminha as ocorrências para aquele órgão, onde serão disponibilizadas para consulta” diz a instituição.

A regra é estabelecida pela Portaria do Comando da Aviação nº 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, que trata sobre o envio dos relatos de fenômenos aéreos. Os relatos são feitos em formulário próprio por usuários dos serviços de controle de tráfico distraído e encaminhados ao Meio de Documentação e Histórico da Aviação (CENDOC), que notifica o Registo Pátrio.

Procedimentos padrão

O profissional em segurança de voo, Maurício Pontes, afirma que não há procedimentos padrão da aviação social para mourejar com objetos voadores não identificados.

“Existe um sistema de reportes mandatórios sobre possíveis ameaças ao tráfico distraído, porquê pássaros, balões, etc.”, diz Pontes, que é porta-voz da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves (AOPA Brasil).

Ele explica que não existe previsão de notícia. Se um aviador julgar alguma coisa que chame sua atenção a ponto de discursar a um órgão de controle, ele descreverá.

OVNIs: avistamentos de Objetos Voadores Não Identificados pelo mundo

“Isso se aplica a qualquer coisa, porquê um acidente que presencie em voo, por exemplo. Não existe zero relacionado especificamente para fenômenos não identificados”, completa Pontes.

Para Enio Beal Júnior, que atua porquê piloto há quase 40 anos, essa notícia é feita pelas mesmas razões daquelas usadas para interceptação de aeronaves “convencionais”.

“Sempre que houver uma aeroplano ou objeto que o piloto considere próximo ou em trajetória que possa se tornar conflitante, ele deve questionar os órgãos de controle”, revela Beal.

Os pilotos não são treinados para mourejar com esse tipo de situação. O piloto explica que atuando por mais de 20 anos na FAB, nunca soube de um procedimento específico.

Primeiro ovni registrado no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1952
Primeiro OVNI registrado no Brasil, no Rio de Janeiro, em 1952. Imagem revelada pelo Registo Pátrio / Registo Pátrio

“Fui piloto de Caça, tendo voado por 11 anos nessa aviação que tem registros de tentativas de interceptação de OVNI. Não havia nenhum treinamento específico para esses objetos”, pontua Beal.

O piloto diz que o avistamento de OVNIs, por si só, não representa problemas de segurança aos pilotos. Ele comenta a possibilidade de forma cômica, revelando que nunca viu tais objetos.

“Nunca vi, em quase 40 anos de profissão (…) O pior que poderia ocorrer é o piloto se distrair. Ou portanto se um “marciano kamikaze” resolvesse jogar sua nave para cima de qualquer avião, o que, até onde sei, nunca ocorreu”, analisa Enio.

Para o porta-voz da AOPA Brasil, os treinamentos dos pilotos devem focar outras questões.

“Há coisas muito mais importantes para ocupar a grade de treinamento extenso na aviação”, complementa Pontes.

Registro de ocorrências

Eles explicam que não existe nenhuma documentação específica para relatar um encontro com um OVNI, não havendo um “padrão” adotado por pilotos, e que toda documentação depende do fenômeno encontrado.

“Em princípio não há porquê discriminar um protocolo para um evento tão vasqueiro”, disse Pontes.

Para o ex-piloto da FAB, o principal repto ao relatar a presença de um OVNI é descrever com perspicuidade a posição, velocidade, direção de movimento etc. Por se tratar de objetos não-convencionais, seria mais difícil do que se tratando de um avião, por exemplo.

“No caso de aviões, uma interceptação permite que se diga até a matrícula, pois o caçador se posiciona embaixo da aeroplano interceptada. Pode expor também rota, altitude, velocidade etc, coisas impossíveis no caso de OVNI”, disse o piloto que, atualmente, atende voos executivos.

Em nota, a FAB informa que “todos os documentos, vídeos, fotografias, relatos, entre outros, disponíveis, no contexto do Comando da Aviação, sobre fenômenos aéreos não identificados, no período de 1952 a 2023, já foram transferidos para o Registo Pátrio, onde são de domínio público”.

Registro de avistamento de OVNI reportado à FAB
Registro de avistamento de OVNI reportado à FAB / Reprodução

Tópico não merece aprofundamento, diz profissional

Para o profissional Mauricio Pontes, o indumentária da FAB não promover estudos sobre o tópico, não torna o tópico mais importante, não havendo premência de maiores evoluções.

” A questão é: precisamos deste aprofundamento? Normalmente esses fenômenos são avaliados quando realmente parecem ter alguma legitimidade”, diz Pontes.

Para o ex-piloto da FAB, na suplente desde 2013, não há nenhuma estigma ou tabu entre os profissionais do setor.

“Parece-me que é mais uma aura de mistério que criam em torno do tópico, do que qualquer outra coisa. Não existe, nem mesmo no meio militar, qualquer proibição de se falar sobre o tema”, relata Enio.

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