Emendas impositivas comprometem mais de 16% das despesas livres do governo, diz estudo

O Senado Federalista planeja votar nesta semana as novas regras para a realização de emendas parlamentares. A proposta, que já foi aprovada na Câmara dos Deputados, visa estabelecer diretrizes mais claras para a distribuição e uso desses recursos, atendendo às exigências do Supremo Tribunal Federalista (STF) para a liberação dos pagamentos.

De contrato com um estudo divulgado pela Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, as emendas impositivas, que incluem as de bancadas e individuais, têm ganhado cada vez mais peso no orçamento da União.

Em 2020, elas representavam pouco mais 11% das despesas discricionárias, aquelas que o governo pode definir livremente. Já em 2024, esse percentual subiu para 16,8%, demonstrando um aumento significativo da influência do Congresso sobre o orçamento federalista.

O cômputo de 2024 é parcial, pois só inclui os repasses até setembro. O levantamento da IFI mostra que, até setembro, a despesa discricionária totalidade chegou a R$ 153 bilhões e um gasto com as emendas parlamentares de R$ 45,7 bilhões.

Pontos em discussão

Um dos principais pontos em debate é a possibilidade de o governo federalista bloquear e contingenciar a realização das emendas para executar a meta fiscal.

Essa previsão, que constava na versão inicial do texto, foi modificada na Câmara dos Deputados, mantendo unicamente a possibilidade de contingenciamento. O governo agora procura restaurar a opção de bloqueio no Senado.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT), expressou a preferência do Executivo por ter ambas as possibilidades à disposição. No entanto, ainda não está evidente se o STF concordará com a versão final do texto que for aprovada pelo legislativo.

A votação está prevista para quarta-feira (13), conforme anunciado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Antes da estudo do teor pelos senadores, será necessário votar um requerimento de urgência, permitindo que o projeto pule etapas e seja votado diretamente no plenário da Vivenda.

É importante ressaltar que as novas regras, se aprovadas, entrarão em vigor unicamente a partir do próximo ano, não afetando as emendas do ano fluente ou anteriores.

A proposta procura trazer mais transparência e rastreabilidade ao processo de alocação e uso das emendas parlamentares, um tema que tem sido objectivo de intenso debate e escrutínio público nos últimos anos.

Os textos gerados por lucidez sintético na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique cá para saber mais.

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