Eleição norte-americana agregou muita volatilidade aos mercados, diz Galípolo

O diretor de Política Monetária do Banco Médio, Gabriel Galípolo, voltou a expor que a eleição norte-americana agregou muita volatilidade aos mercados, durante o evento “O porvir é hoje: insights e tendências para transformar seus negócios”, realizado na quarta-feira (13) na capital paulista pela Bradesco Asset e o Bradesco Global Private.

“A eleição norte-americana agregou bastante volatilidade”, afirmou.

Galípolo recordou que no prelúdios do ano já havia a expectativa de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e que se chegou a precificar seis reduções em 2024, depois que o ano começou com um processo que parecia que o país vinha reunindo condições para dar início a esse ciclo.

“Mas aí, logo no primeiro trimestre, os dados econômicos saem e demonstram uma maior resiliência e maior dinamismo por segmento da economia norte-americana – e a gente assiste uma postergação desse início de cortes”, rememorou, salientando que o Fed passa a permanecer mais dependente de dados.

No segundo semestre, continuou o diretor, parece que, de novo, vão se reunindo as condições para o início do ciclo de incisão, mas se aproxima a eleição americana.

“Começa a subsistir certa sobreposição de uma expectativa do que seria esse início de incisão, uma vez que é que isso poderia se comportar, o que seria uma taxa de juros terminal, qual seria o ritmo de incisão, em que reunião se iniciaria, quais os possíveis desdobramentos por resultado da eleição”, enumerou.

Galípolo disse que, próximo da eleição norte-americana, o conforto que se poderia imaginar, de taxas de juros internacionais mais baixas, vai se perdendo. “Por isso que a gente conclui a ata dizendo que o cenário atual demanda mais cautela para países emergentes”, enfatizou.

Quando se olha para esse cenário, de consonância com ele, trata-se de um quadro realmente mais reptador do que se imaginava, por exemplo, no prelúdios do ano para países emergentes. “O cenário global demanda cautela, mormente da poder monetária do Brasil.”

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