Netanyahu acusa ministro da Defesa de adotar “narrativa anti-Israel“

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou duramente seu ministro da Resguardo, Yoav Gallant, na segunda-feira (12) e o acusou de adotar uma “narrativa anti-Israel”.

O embate revelou uma profunda ruptura no topo do governo israelense enquanto o conflito no Oriente Médio corre o risco de se transformar em grande graduação.

A mídia israelense relatou esta semana que Gallant, falando com legisladores em um briefing de segurança privado, havia descartado o objetivo de guerra de Netanyahu de compreender “vitória absoluta” sobre o Hamas porquê “paradoxal”, rotulando aqueles que dizem que isso é verosímil porquê “heróis com tambores de guerra”.

O gabinete de Netanyahu reagiu, dizendo que os comentários de Gallant colocam em risco as negociações para libertar os reféns mantidos em Gaza.

“Quando Gallant adota a narrativa anti-Israel, ele prejudica as chances de chegar a um tratado de reféns”, disse o gabinete do primeiro-ministro em um enviado.

Ele disse que Gallant era obrigado a perseguir os objetivos da guerra de Israel em Gaza: expelir o Hamas e a libertação dos reféns capturados pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro.

A troca de farpas é a mais recente de uma série de brigas entre os dois homens durante mais de 10 meses de guerra, e ocorre enquanto Israel se prepara para um verosímil ataque do Irã e do Hezbollah.

Isso levou os Estados Unidos a substanciar as defesas de Israel, enviando um submarino de mísseis guiados para a região no termo de semana.

O Irã e o Hezbollah prometeram vingar os assassinatos no mês pretérito do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, que morreu em uma explosão em Teerã, e do principal comandante militar do Hezbollah, Fu’ad Shukr, que foi assassinado em um ataque leviano israelense em um subúrbio de Beirute.

O Irã culpou Israel pela morte de Haniyeh, e uma manadeira familiarizada com o objecto disse anteriormente à CNN que Haniyeh foi assassinado com um dispositivo explosivo escondido na vivenda de hóspedes onde estava hospedado.

A morte de Haniyeh, que tinha sido um jogador-chave nas negociações de cessar-fogo, ameaçou descarrilar as negociações para interromper a guerra em Gaza e intensificar o conflito, com o Irã alertando que a “vingança de sangue” pelo homicídio era “certa”.

O Hezbollah também prometeu que o sangue de Shukr “não terá sido entornado em vão” e ameaçou retaliar, forçando Israel a enfrentar a perspectiva de uma guerra em várias frentes.

Críticos acusaram Netanyahu de estar mais interessado em derrotar o Hamas e preservar seu governo do que em entregar os reféns. Membros de extrema direita de sua coalizão ameaçaram derrubar o governo caso um tratado fosse fechado.

Ministro da Resguardo israelense, Yoav Gallant, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante votação na Suprema Incisão, em Jerusálem / 24/7/2023 REUTERS/Amir Cohen

Há uma frustração crescente na comunidade internacional com alguns desses ministros de extrema direita, enquanto líderes ocidentais pressionam por um tratado.

Na segunda-feira (12), o principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, disse à CNN que apresentaria uma proposta na UE para sancionar os ministros israelenses de extrema direita Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir.

Borrell pediu sanções contra Smotrich e Ben Gvir em um post no X, dias depois de Smotrich expressar que seria “moral” deixar dois milhões de habitantes de Gaza passarem inópia até que os reféns israelenses fossem libertados.

“A UE não tem tabu em ativar seu Regime Global de Sanções de Direitos Humanos contra qualquer tipo envolvido em violações graves de Direitos Humanos, porquê os agentes do Hamas e os colonos israelenses extremistas que já sancionamos”, disse Borrell à CNN em uma enunciação na segunda-feira.

“Desde outubro pretérito, as declarações dos Ministros Smotrich e Ben-Gvir incitando ao ódio e atividades relacionadas à ajuda humanitária claramente se enquadram nessa categoria”, acrescentou o gerente de política externa da UE.

Um grupo de famílias de reféns acusou no sábado (10) o primeiro-ministro de “jogar” com as vidas dos reféns para prometer que seu governo sobreviva, de tratado com o Times of Israel.

Os EUA, Egito e Espiolhar — mediadores-chave nas negociações entre as partes em guerra — pediram que Israel e o Hamas retornem à mesa de negociações para considerar uma “proposta de ponte final”. As discussões devem ser retomadas nesta quinta-feira (15) na capital egípcia, Cairo, ou na capital do Espiolhar, Doha.

Divergências sobre a guerra em Gaza

Ministro da Resguardo de Israel, Yoav Gallant, reúne-se com soldados num campo perto da fronteira de Israel com a Tira de Gaza, no sul de Israel / 19/10/2023 REUTERS/Ronen Zvulun

Gallant, que surgiu porquê um dos principais interlocutores dos conselheiros do presidente dos EUA, Joe Biden, frequentemente enfatizou a premência de um tratado de cessar-fogo.

Ele já havia pedido a Netanyahu que declarasse que Israel não estabeleceria controle social ou militar sobre Gaza, embora o primeiro-ministro tenha permanecido vago sobre seus planos para o “dia seguinte” à guerra.

Em seus comentários vazados, Gallant também afirmou que havia proposto em outubro um ataque preventivo ao Hezbollah no Líbano, mas que Netanyahu não havia bem o ataque e havia perdido a oportunidade.

“As condições hoje para uma guerra no Líbano são o oposto do que eram no início da guerra”, o ministro da Resguardo teria dito aos legisladores.

Respondendo às alegações de Gallant, o gabinete de Netanyahu desviou a culpa pelo fracasso em chegar a um tratado de cessar-fogo, dizendo que o ministro “deveria ter atacado (o líder do Hamas Yahya) Sinwar, que se recusa a enviar uma delegação para as negociações e que foi e continua sendo o único travanca ao tratado de reféns”.

Em uma postagem ulterior no X, um Gallant disse que havia dito na reunião privada que estava “determinado a atingir os objetivos da guerra e a continuar a luta até que o Hamas fosse desmantelado e os reféns retornassem”, e também criticou os vazamentos de “fóruns sensíveis e confidenciais”.

Ele enfatizou que Israel está enfrentando “dias desafiadores nos quais seremos obrigados a permanecer firmes e tomar ações ofensivas poderosas e defensivas”.

Gallant se junta a uma série de altos funcionários israelenses que questionaram o objetivo de Netanyahu de destruir o Hamas.

Em junho, o principal porta-voz militar, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que a teoria de que Israel poderia “fazer o Hamas desvanecer” é “jogar areia nos olhos do público”.

A CNN relatou recentemente que quase metade dos batalhões militares do Hamas no setentrião e núcleo de Gaza reconstruíram algumas de suas capacidades de combate, apesar do ataque implacável de Israel, de tratado com uma estudo conjunta com o Critical Threats Project do American Enterprise Institute e o Institute for the Study of War.

Nascente teor foi criado originalmente em inglês.

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