
MP dá parecer contrário à progressão de Cristian Cravinhos para o regime aberto
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) emitiu nesta terça-feira (13) um parecer contrário à progressão de Cristian Cravinhos, de 48 anos, para o regime destapado.
Na sintoma, o promotor de Justiça Alexandre Mafetano, da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Taubaté, afirma que Cravinhos possui um histórico de faltas disciplinares, sendo duas de natureza grave e uma de natureza média.
Dessa maneira, o promotor alega que as faltas existentes no histórico de Cristian deixam dúvidas no que diz saudação a sua predisposição para testar o regime destapado. “Muito uma vez que sobre a sua consciência social e moral, além de precisar amadurecer e conscientizar-se sobre seus atos, conseguindo, sobretudo, ter percepção da sisudez dos mesmos”, escreveu Mafetano.
O promotor também destaca que Cristian é responsável de crimes graves, uma vez que homicídio qualificado e prevaricação ativa. Outrossim, Mafetano alega que o cumprimento de pena do réu não se deu de forma mansa e pacífica, levando em consideração que ele cometeu outro delito quando chegou a ir ao regime destapado, em 2017.
Cravinhos foi recluso em 2002 e réprobo em 2006, com o irmão Daniel Cravinhos e a ex-cunhada Suzane Von Richthofen, a uma pena de 38 anos e 6 meses de prisão, pelo assassínio do parelha Von Richthofen, pais da ex-cunhada. Suzane e Daniel já conseguiram o mercê e estão fora do cárcere.
Revista criminológico
Em maio deste ano, o MPSP solicitou que Cristian fosse submetido a um fiscalização criminológico para progredir ao regime destapado. No pedido, Mafetano chegou a esclarecer que o atestado de boa conduta carcerária não se mostrava suficiente para provar que o sentenciado poderia progredir de regime e voltar a conviver em sociedade.
No início deste mês, o laudo do fiscalização apontou aspectos favoráveis para que ele tivesse a pena progredida para o regime destapado. O documento ainda afirma que não houve evidência de distúrbios psicopatológicos nem sinais de periculosidade. O réprobo relatou que faz tratamento psiquiátrico para insônia e, em 2018, teve duas crises de claustrofobia em regime frechado.
No regime semiaberto, a previsão é que Cristian termine de executar a pena em 2041. Caso a Justiça negue o posicionamento do MP, o réprobo pode ser submetido ao teste de Rorschach para uma completa avaliação.
A CNN procura contato com a resguardo de Cristian Cravinhos.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo
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