
ONU reduz pela metade estimativa de mulheres e crianças mortas em Gaza
Crianças esperam em fileira por comida em Gaza
Em 6 de maio, o Escritório da ONU
para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) divulgou que na atual guerra entre Israel e o Hamas,
34.735 pessoas morreram na Tira de Gaza. Entre elas, 9.500 teriam sido mulheres e 14.500 crianças. No dia 8 de maio, no entanto, esses números foram revisados para 34.844 mortes, sendo 4.959 mulheres e 7.797 crianças.
Esses números — tanto os iniciais quanto os atualizados — são fornecidos pelo Ministério da Saúde de Gaza ou pelo Escritório de Prensa de Gaza, ambos controlados pelo Hamas. A Organização das Nações Unidas
afirma que não é capaz de verificá-los de modo independente. Em abril, o Ministério da Saúde de Gaza admitiu ter “dados incompletos” para mais de 10.000 mortes relatadas e parou de declarar que 70% das vítimas eram mulheres e crianças. Ainda assim, o escritório de mídia continuou divulgando a informação.

Gráfico divulgado no site do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) aponta a redução do número estimado de mortes de mulheres e crianças em Gaza
De combinação com autoridades israelenses, entre as baixas na Tira de Gaza desde o início da guerra, 14.000 foram de terroristas integrantes do Hamas e muro de 16.000 foram civis. Os números fornecidos pelo Ministério da Saúde e o Escritório de Prensa de Gaza não fazem essa eminência.
Especialistas apontam que a redução repentina na quantidade de mulheres e crianças contadas entre o número de mortos ressalta a falta de rigor das próprias fontes do Hamas. Ou por outra, reacende questionamentos existentes desde o início da guerra quanto à confiabilidade desses dados, tendo em vista a sua origem.
André Lajst, pesquisador político e presidente executivo da StandWithUs Brasil, organização que promove a ensino sobre Israel e o Oriente Médio uma vez que o caminho para a tranquilidade, relembra que a grande prensa, líderes uma vez que Joe Biden e o presidente Lula, entre outras personalidades e instituições, repetiram os números fornecidos pelo grupo terrorista e critica ONU por legitimar esses dados ao divulgá-los.
“É inegável que a atual guerra na Tira de Gaza tem causado grande sofrimento humano na região. Mas, é importante não desabar na propaganda do Hamas, dando-lhes legitimidade. É praticamente isso o que a ONU tem feito ao publicar os números fornecidos pelo grupo terrorista sem fazer as devidas ressalvas, ainda mais considerando que projetos e outras ações da instituição são realizados com base nesses dados. O mesmo tem sucedido com líderes internacionais e organizações humanitárias”, afirma Lajst.
Sobre o número de mortes, o técnico em Oriente Médio também ressalta que “muitos mísseis lançados contra Israel pelos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica caem dentro de Gaza e já mataram centenas de palestinos, uma vez que, por exemplo, o projétil que atingiu um hospital. Na ocasião, o Hamas logo acusou Israel de ter cometido o ato, mas a lucidez de Israel desmentiu por meio de provas uma vez que conversas telefônicas entre terroristas, afirmando que fora uma lapso em um míssil lançado pela Jihad Islâmica. Também devemos lembrar que o Hamas usa civis uma vez que escudos humanos em escolas, hospitais e residências”.
“Contribuir com as campanhas de desinformação do Hamas não irá contribuir para a tranquilidade na Tira de Gaza, tampouco para o retorno dos 132 reféns israelenses e o término do sofrimento dos civis palestinos que foram deslocados de suas casas em virtude da guerra iniciada pelo grupo terrorista no 7 de Outubro”, conclui Lajst.
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