Gustavo Pimenta é nomeado novo presidente da Vale, encerrando sucessão conturbada

Divulgação

Gustavo Pimenta

O parecer de governo da  Vale
elegeu por unanimidade o vice-presidente financeiro da companhia, Gustavo Pimenta, para substituir Eduardo Bartolomeo na presidência da mineradora. A decisão marca o término de um processo de sucessão turbulento, que envolveu pressões políticas e uma estudo minuciosa de candidatos.

Pressões políticas e escolha interna

O processo de sucessão ganhou contornos políticos quando o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exerceu pressão para que o ex-ministro da Herdade, Guido Mantega, fosse nomeado. No entanto, a escolha de Pimenta foi feita depois uma estudo de uma lista de 15 candidatos apresentada pela consultoria internacional Russell Reynolds, contratada para facilitar na transição. Pimenta não estava inicialmente na lista, mas a estudo também considerava candidatos internos. Pimenta disputava a vaga com Marcelo Spinelli, vice-presidente de Soluções de Minério de Ferro.

Na reunião do parecer de governo realizada na segunda-feira (26), a escolha de Pimenta foi confirmada depois a avaliação de uma lista tríplice que incluía outros executivos do setor de mineração: Ruben Fernandes (Anglo American) e Marcelo Bastos (ex-BHP e ex-Vale). O presidente do parecer, Daniel Stieler, expressou crédito na novidade liderança: “Estamos muito felizes e confiantes com a escolha de Gustavo Pimenta para liderar a Vale.”

Perfil e desafios do novo presidente

Gustavo Pimenta ingressou na Vale em 2021, vindo da AES e do Citigroup. Com formação em economia pela Universidade Federalista de Minas Gerais e mestrado em finanças e economia pela Instauração Getúlio Vargas, Pimenta enfrenta um cenário reptante. Entre suas prioridades estão a desenlace do harmonia de reparação das vítimas da tragédia de Mariana (MG) e a meio da empresa em um momento difícil para o mercado de minério de ferro, que perdeu um terço do seu valor no ano.

Para o médio prazo, a Vale planeja expandir suas operações em metais básicos, com foco em cobre e níquel, matérias-primas essenciais para a transição energética.

Transição e reações

Eduardo Bartolomeo, do qual procuração estava previsto para terminar em maio, foi inicialmente estendido até dezembro para facilitar na transição. No entanto, ele não obteve suporte suficiente dos conselheiros alinhados ao governo e teve somente dois votos favoráveis em uma votação de 13 membros do parecer.

Bartolomeo destacou a conhecimento e o compromisso de Pimenta com a Vale, afirmando que a mineradora continuará sua trajetória em direção à liderança na mineração sustentável.

Contexto político e impacto no mercado

A Vale, atualmente sem um controlador definido, ainda é influenciada por antigos acionistas uma vez que Previ, Bradesco e Mitsui, além de ter novos investidores uma vez que a Cosan. O processo de sucessão foi marcado por ataques do governo e constantes vazamentos de informações, afetando negativamente a percepção dos investidores e contribuindo para a queda das ações da mineradora ao longo do ano. O parecer da Vale também sofreu a perda de dois membros, José Luciano Penido e Vera Marie Inkster. Penido renunciou, alegando influência política e vazamentos tendenciosos, mas recuou depois uma oposição da Percentagem de Valores Mobiliários (CVM).

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