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Esquema de fraude deu prejuízo de R$ 50 milhões a bancos, diz polícia
Quatro suspeitos foram presos em operação no Rio
As instituições bancárias podem ter perdido mais de R$ 50 milhões
com o esquema de fraude desvendado em uma operação da Polícia Social e do Ministério Público
, nesta quinta-feira (13), em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
O operação foi revelado pelo representante João Valentim, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em conversa com jornalistas.
“As investigações evoluíram e comprovaram que outros bancos sofreram o mesmo golpe e sequer têm conhecimento desse vestimenta. Identificamos um banco que sofreu um prejuízo de R$ 20 milhões, e outro que sofreu um prejuízo de R$ 10 milhões a R$ 15 milhões”, explicou o representante.
Na operação, a polícia prendeu quatro suspeitos, sendo dois deles gerentes de um banco localizado em Petrópolis, que teve prejuízo de R$ 8 milhões causados pelo grupo criminoso.
“Esses gerentes recebiam um valor menor, mas conseguiram comprar vasto patrimônio, veículos importados, carros de luxo”, exemplificou o representante.
Aliás, foram cumpridos 10 mandados de procura e inquietação na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio, e em Petrópolis, nas regiões de Itaipava, Corrêas e Nogueira.
Em um dos endereços, os agentes encontraram carros e motos de luxo. A suspeita é que os veículos foram adquiridos para lavar o verba obtido através das fraudes.
Grupo criminoso criou holding para lavagem de verba
A investigação revelou que os recursos financeiros da organização criminosa foram canalizados para uma holding criada com o propósito de controlar 11 empresas fictícias, as quais foram utilizadas para lavagem de verba.
Os gerentes atestaram indevidamente fatos falsos uma vez que verdadeiros – documentação falsa e atividade empresarial supostamente desenvolvida – e abriram contas para as empresas de frontispício. As contas foram utilizadas para respaldar empréstimos milionários e diversas vantagens junto à instituição financeira.
De conformidade com o GAECO/MPRJ, durante os anos de 2020 e 2022 os denunciados movimentaram aproximadamente R$ 500 milhões. A estudo do fluxo financeiro indica que, além do banco prejudicado, outras instituições financeiras também foram claro do mesmo grupo.
Shell Company significa companhia de frontispício. É o termo em inglês para as empresas sem atividade verdadeira, sendo exclusivamente uma instrumento para esconder a verdadeira atividade (financeira ou ilícita mesmo) desempenhada.
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