ONU pede cessar-fogo ‘imediato’ para guerra em Gaza, que já deixa mais de 35.000 mortos

Foto fornecida pelo Tropa israelense mostra soldados de Israel na Fita de Gaza, em 11 de maio de 2024

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu neste domingo (12) um cessar-fogo “súbito” na Fita de Gaza, território que o Tropa israelense continua bombardeando em seguida sete meses de guerra que, segundo o Hamas, deixaram mais de 35.000 mortos.

Equipes da AFP e testemunhas relataram novos bombardeios israelenses em vários pontos de Gaza, incluindo Rafah, no extremo sul, onde as tropas de Israel preparam uma grande ofensiva terrestre.

Um hospital informou que recebeu 18 corpos nas últimas 24 horas. Aliás, dois médicos, pai e fruto, morreram em bombardeios israelenses em Deir al Balah (meio), segundo os serviços de segurança social do Hamas.

“Reitero o meu apelo, o apelo de todo o mundo para um cessar-fogo humanitário súbito, para a libertação incondicional de todos os reféns e para um aumento súbito da ajuda humanitária”, declarou Guterres em exposição em vídeo em uma conferência internacional de doadores no Kuwait.

“Mas um cessar-fogo será só o prelúdios. Será um longo caminho para se restaurar da devastação e do traumatismo desta guerra”, acrescentou.

A ONU alertou que a ajuda humanitária está bloqueada desde que as tropas israelenses entraram no leste de Rafah na segunda-feira e tomaram a passagem da fronteira com o Egito, fechando uma ingressão vital a leste território ameaçado pela miséria.

Segundo o porta-voz da domínio dos postos fronteiriços de Gaza, Hicham Adwan, “os veículos militares israelenses avançaram desde a fronteira (…) e entraram murado de 2,5 quilômetros”.

– “Não sabemos para onde ir” –

Israel insiste na urgência de lançar uma operação em Rafah, onde estão concentrados 1,4 milhão de pessoas, a maioria deslocadas pela guerra, considerando que a região abriga os últimos redutos do grupo islamista.

No sábado, o Tropa israelense afirmou que murado de 300.000 palestinos deixaram os bairros no leste de Rafah desde segunda-feira, em seguida uma ordem de retirada. Acrescentou ainda que estes locais eram “cenário de atividades terroristas do Hamas”.

o Supino Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, estimou que uma ofensiva israelense de grande graduação em Rafah violaria o “recta humanitário internacional”.

Já os Estados Unidos advertiram nesta semana que deixarão de fornecer algumas armas caso Israel lance uma ofensiva de grande graduação em Rafah.

“A situação é cada vez mais perigosa e os bombardeios estão cada vez mais próximos. Não sabemos para onde ir. Não há nenhum lugar seguro”, disse à AFP o morador de Gaza Farid Abou Eid.

As forças israelenses também emitiram ordens de retirada para Jabaliya e Beit Lahia, no setentrião da Fita de Gaza, onde dizem que o Hamas está “tentando se reconstruir”, e relataram uma “grande operação no província de Zeitun”, na Cidade de Gaza.

A guerra eclodiu em 7 de outubro com um ataque de milicianos islamistas que deixou 1.170 mortos, segundo um balanço da AFP fundamentado em dados oficiais israelenses.

Depois uma troca de reféns por prisioneiros palestinos durante uma trégua de uma semana em novembro, as autoridades israelenses estimam que 128 permanecem em Gaza, embora acreditem que 36 morreram.

A ofensiva de Israel em resposta deixou até o momento 35.034 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas, que governa o território desde 2007.

– Hamas informa a morte de um refém –

No sábado, o braço armado do movimento islamista anunciou no Telegram a morte de um refém, pouco depois de ter publicado um vídeo do mesmo afirmando que estava vivo.

As Brigadas Ezzedine Al Qassam afirmaram que ele morreu devido a “ferimentos causados por aviões de combate sionistas [israelenses] que bombardearam o lugar onde estava estagnado, há mais de um mês”.

O refém foi identificado pelo Fórum de Famílias dos Reféns porquê Nadav Popplewell, um varão israelense-britânico de 51 anos.

Contactado pela AFP, o Tropa israelense não quis comentar a informação.

Os esforços de mediação para um congraçamento de trégua parecem estagnados em seguida as negociações indiretas no Cairo nesta semana terminarem sem resultados concretos.

“Haveria um cessar-fogo amanhã se o Hamas libertasse os reféns”, declarou o presidente americano, Joe Biden, no sábado.

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