Tesouro Direto tem recorde de operações em julho; veja como investir

O Tesouro Direto registrou recorde de operações em julho, com mais de 869,6 milénio investimentos, totalizando R$ 6,43 bilhões, segundo dados do governo federalista.

No mês, o estoque do programa — que mostra o volume totalidade de recursos aplicados — fechou em R$ 145,4 bilhões, aumento de 1,5% em relação ao mês anterior (R$ 143,2 bilhões).

Os contratos do Tesouro permitem que qualquer pessoa física invista a partir de R$ 30 em títulos de renda fixa. Ao comprar um título, os investidores emprestam numerário para ao governo federalista e recebem lucro gerado por juros em troca posteriormente um determinado prazo.

As aplicações de até R$ 1 milénio representam representaram 55,4% das operações de investimento em julho. O valor médio por operação foi de R$ 7.397,50.

Os títulos do Tesouro indexados à inflação se mantêm uma vez que o mais popular, somando R$ 74,9 bilhões, ou 51,5% do totalidade do mês.

Na sequência, vem os fixados à taxa Selic, com R$ 53,2 bilhões (36,6%) e os prefixados, somando R$ 17,3 bilhões (11,9%).

Durante esse mês, os resgates foram de R$ 5,43 bilhões, sendo R$ 3,17 bilhões relativos a recompras e R$ 2,26 bilhões, a vencimentos. No mês, houve emissão líquida de R$ 1,01 bilhão.

Uma vez que investir no Tesouro Direto?

Para investir no Tesouro Direto basta ser pessoa física cadastrada na plataforma do programa. Pessoas jurídicas não podem investir nos títulos ofertados pelo governo.

Também é necessário ter uma conta em um banco ou corretora de investimento para utilizar nos títulos e receber o numerário resgatado dos investimentos no Tesouro Direto. Mensalmente o Tesouro Pátrio divulga o ranking das 10 Instituições que mais negociam títulos do Tesouro Direto, no mês anterior.

Não é necessário ser maior de 18 anos para realizar a compra de títulos do Tesouro. No entanto, em caso de menores é preciso que a conta seja vinculada a um responsável lícito, que cuidará de todo o processo, da buraco da conta até as decisões sobre investimento.

Também não há a cobrança da taxa de custódia, taxa anual de 0,2% sobre o valor investido, para investimento até R$ 10 milénio. Porém, as corretoras podem cobrar taxa de corretagem por serviços prestados.

Qual o rendimento de um título do Tesouro Direto?

Os títulos do Tesouro têm rendimentos diferentes dependendo do vencimento, isto é, a data em que você se comprometeu a deixar seu numerário “emprestado” por esse título de renda fixa, e a qual taxa ele está indexado.

Os títulos podem ser prefixados, quando o investidor sabe do início o valor que irá receber, e pós-fixados, que depende de qualquer indicador para calcular o valor a ser pago.

São quatro títulos do emitidos pelo Tesouro:

  • O Tesouro Prefixado, que têm taxa de juros fixa, ou seja, o investidor sabe exatamente o retorno que terá na data de vencimento do título
  • O Tesouro Selic, que possui rentabilidade atrelada à taxa básica de juros e pode variar conforme as mudanças na taxa Selic
  • O Tesouro IPCA, atrelada à inflação e medida pela variação do Índice Pátrio de Preços ao Consumidor Espaçoso (IPCA), com rendimento igual à variação da inflação mais uma taxa prefixada de juros
  • O Tesouro Renda+, que foi pensado para quem quer complementar a aposentadoria e que é dissemelhante dos outros por ter resgate em 240 parcelas, em um período de 20 anos

Tiago Feitosa, crítico e profissional em mercado financeiro da T2 Instrução, diz que para quem vai estrear a investir, a melhor escolha é o Tesouro Selic pela garantia de retorno e tendências de variação.

“Se há expectativa que a taxa de juros vai ter subida, o valor do Tesouro Selic aumenta, e o contrário também”, diz.

“Mas títulos prefixados e ligados à inflação estão sujeitos a variações de mercado diárias, que podem mudar o preço a qualquer momento. Se o investidor quiser resgatar antes do vencimento, ele tem mais risco de trespassar no prejuízo”.

É preciso esperar o vencimento do título do Tesouro?

Feitosa explica que é verosímil resgatar o título do Tesouro antes do vencimento, o que significa que a rentabilidade dele não será a mesma caso o investidor espere o final do prazo. Nesses casos, as condições de mercado do momento do resgate serão utilizadas uma vez que indicadores para o retorno financeiro do título.

Por isso, antes de resgatar um título, é importante ter um bom quadro do cenário econômico, destaca o crítico.

“É importante frisar que o resgate antecipado implica que o investidor vai receber pelas condições do dia do resgate, não pelas condições do dia em que ele comprou ou referente ao dia do vencimento”, afirma o crítico.

Quais os riscos em investir no Tesouro Direto?

O maior susto de todo investidor é que seu investimento o acabe fazendo perder o numerário aplicado. No caso de títulos federais, os riscos de crédito ou de liquidez são muito baixos, diz Feitosa,

“A possibilidade do governo não te remunerar é baixíssima, para não proferir nula”, resume.

No universal, o Brasil tem um risco soberano, quando um país não honrar um empréstimo ou outros compromissos associados na data devida, é grave.

A sucursal de classificação de risco S&P Global Ratings elevou a nota de crédito de longo prazo do Brasil de “BB-” para “BB”, com trajetória firme para investimentos em dezembro do ano pretérito.

Para o crítico, isso torna os títulos de renda fixa do Tesouro interessantes para investidores, pois o risco de crédito — quando o emissor do título não te paga — é pequeno.

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