
COP16: sete países anunciam US$ 163 milhões para Fundo Global de Biodiversidade
Embora ainda distante do que é necessário para estribar as metas estabelecidas para proteção da biodiversidade, o dia temático de financiamento na COP16 em Cali, na Colômbia, foi marcado por um progresso: sete países anunciaram US$ 163 milhões para o Fundo Global de Biodiversidade (GBFF).
São eles: Áustria, Dinamarca, França, Alemanha, Novidade Zelândia, Noruega, Reino Unificado e a primeira imposto subnacional, vinda da Província de Quebec.
O investimento se soma a outros US$ 407 milhões prometidos anteriormente e tentam caminhar para preencher uma vazio de US$ 200 bilhões anuais para a conservação e uso sustentável da natureza até 2030. Entre as metas específicas do Marco Global da Biodiversidade firmado na COP15 em Montreal, também está o financiamento de US$ 20 bilhões anuais para nações em desenvolvimento até 2025, e que sobe para US$ 30 bilhões até 2030. O GEF, estabelecido em 2023, teve inicialmente o esteio de Canadá, Japão, Luxemburgo e Espanha.
“As contribuições dos países desenvolvidos são bem-vindas e demonstram uma disposição crescente para financiar a proteção da biodiversidade. No entanto, o duelo que temos pela frente exige uma graduação muito maior de investimentos e uma vontade política mais assertiva“, disse Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-Brasil.
Para além das promessas, o perito defende ser fundamental uma definição de mecanismos inovadores e efetivos para mobilizar os US$ 200 bilhões anuais estabelecidos pelo marco até 2030. Ás vésperas da COP29 em Baku e há dois meses para fechar o ano, o momento “é um prazo que se espera para que os países desenvolvidos entreguem os US$ 20 bilhões anuais”, reteira Michel.
“À medida que as negociações continuam, é imprescindível que o espírito de solidariedade internacional e a urgência da questão ambiental se traduzam em compromissos financeiros proporcionais à magnitude dos desafios. Acreditamos que uma maior cooperação e esteio concreto poderão confirmar que as metas acordadas globalmente sejam alcançadas em mercê da natureza e das futuras gerações”, concluiu.