
Lituânia realiza eleições presidenciais de olho em Moscou
O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, aparece nas pesquisas porquê o predilecto no primeiro vez das eleições presidenciais realizadas em 12 de maio de 2024
PETRAS MALUKAS
A Lituânia realiza neste domingo (12) uma eleição presidencial dominada pela potencial ameaço da Rússia, um tema de consenso entre os candidatos favoráveis ao aumento do orçamento de resguardo deste país membro da União Europeia e da Otan.
A país báltica de 2,8 milhões de habitantes teme ser o próximo objectivo da Rússia, caso seu tropa vença a guerra contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Os três principais candidatos nas eleições convergem em questões de resguardo, mas apresentam visões diferentes sobre assuntos sociais e sobre as relações da Lituânia com a China, que se deterioraram nos últimos anos devido a Taiwan.
“A teoria da Lituânia sobre a ameaço russa é unânime e indiscutível, e os principais candidatos concordam com isso”, resume Linas Kojala, diretor do Núcleo de Estudos sobre a Europa Oriental de Vilnius.
Os resultados das eleições devem ser divulgados neste domingo e provavelmente envolverão um segundo vez em 26 de maio, já que nenhum dos candidatos parece capaz de obter uma maioria absoluta.
As pesquisas indicam ao atual presidente Gitanas Nauseda, ex-banqueiro de 59 anos, uma vantagem confortável sobre os outros sete candidatos, incluindo a primeira-ministra Ingrida Simonyte e o espargido legisperito Ignas Vegele.
Na Lituânia, o presidente é responsável pela política de resguardo e relações exteriores, participando das cúpulas da Otan e da UE, embora deva consultar o governo e o parlamento sobre a nomeação dos principais cargos.
A ex-república soviética é um dos principais doadores para a Ucrânia e tem um cimalha gasto em resguardo, com um orçamento militar equivalente a 2,75% do PIB que o governo de Simonyte pretende soerguer para 3%.
– Dois velhos conhecidos –
A primeira-ministra Ingrida, de 49 anos, derrotada por Nauseda nas eleições presidenciais de 2019, é conservadora em termos fiscais e liberal em questões sociais, apoiando, por exemplo, as uniões entre pessoas do mesmo sexo em um país predominantemente católico.
“Simonyte é apoiada pelos eleitores do partido conservador e pelas pessoas liberais, enquanto Nauseda é um candidato de esquerda em questões de política econômica e social”, disse à AFP o exegeta da Universidade de Vilnius Ramunas Vilpsauskas.
Vegele, um legisperito de 48 anos que ganhou popularidade ao se posicionar contra a vacinação obrigatória durante a pandemia, se apresenta, por sua vez, porquê uma escolha aos políticos estabelecidos.
As complicadas relações entre Nauseda e os conservadores de Simonyte no poder levaram a debates sobre política externa, principalmente no que diz reverência à China.
As relações com Pequim tornaram-se tensas em 2021, quando Vilnius permitiu que a ilhota de governo autônomo abrisse uma embaixada com o nome de Taiwan em vez de Taipei – usado habitualmente para evitar confrontos com a China.
Pequim, que considera esta ilhota porquê secção de seu território e se opõe a qualquer gesto que as autoridades possam usar para obter legitimidade internacional, modificou suas relações diplomáticas com Vilnius e bloqueou suas exportações.
Durante a campanha, Nauseda enfatizou “a premência de mudar o nome do escritório de representação” de Taiwan, enquanto Simonyte se opõe.