Trump precisa de disciplina em seus temas fortes, diz especialista
O diretor-executivo para as Américas da Eurasia, Christopher Garman, analisou a corrida eleitoral nos Estados Unidos durante sua participação no programa WW da CNN Brasil. Segundo o técnico, o ex-presidente e candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, “precisa de disciplina em seus temas fortes” para ter chances de vitória.
Garman destacou que, apesar de algumas controvérsias recentes, Trump tem vantagem em temas uma vez que imigração. “Quando a gente pensa num debate uma vez que esse, eu acho que talvez as ferramentas que o Trump tem utilizado nesse caso específico extrapolaram, mas pelo menos está num tema que é vantajoso para ele, que é a imigração”, afirmou o comentador.
Foco na economia e dispêndio de vida
O técnico enfatizou a relevância de Trump se concentrar em questões econômicas: “No fundo, os preços estão mais elevados, o dispêndio de vida está cumeeira, e se fizer a pergunta ‘Você está melhor hoje ou quando você não era presidente?’”. Garman comparou essa estratégia à utilizada por Ronald Reagan contra Jimmy Carter no final da dezena de 1970.
Segundo o comentador, Trump tem uma vantagem significativa nos estados do “cinturão da ferrugem”, uma vez que Pensilvânia e Michigan, onde a renda real ainda não se recuperou aos níveis pré-Covid. Nesses estados, temas uma vez que dispêndio de vida e economia são mais relevantes para os eleitores, mormente os independentes, que tendem a proporcionar Trump.
Prestígio da campanha
Garman ressaltou que a campanha eleitoral será crucial para mandar o resultado. “É por isso que isso é uma eleição onde a campanha vai fazer muita diferença. Você tem que focar nesses temas muito”, explicou. O comentador advertiu que se a campanha de Trump permanecer “desnorteada”, os democratas poderão se sobressair.
No entanto, Garman prevê que “alguma versão de voltar aos eixos deve ocorrer nesses próximos meses” na campanha republicana. Essa mudança de estratégia poderia ser determinante para as chances de Trump nas eleições presidenciais de 2024.
