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Ex-deputado Wlad Costa é condenado a prisão por violência política de gênero

A Justiça Eleitoral do Pará condenou o ex-deputado federalista Wladimir Costa a 12 anos de prisão por violência política, violência política de gênero, perseguição política, violência psicológica contra mulher, roubo, injúria e maledicência majorada.

Wlad Costa pode questionar a decisão. A juíza Andrea Ferreira Sacerdote, no entanto, negou de antemão a possibilidade de recurso em liberdade.

 

 

O processo em questão é relacionado ao caso evolvendo a deputada federalista Renilce Nicodemos (MDB-PA). Ela teria sido níveo de ameaças, xingamentos e incitação ao delito contra ela nas redes sociais e nas rádios, segundo a sentença.

A sentença publicada nesta segunda-feira (11) tem 207 páginas e reúne transcrições de transmissões online do réu, além de prints de conversas.

De entendimento com a denúncia do Ministério Público, Renilce começou a trabalhar com Wlad quando ele era deputado, o que evoluiu para uma amizade. O portanto parlamentar chegou a ser paraninfo de enlace dela, e com isso gerou intimidade e afeto.

O MP diz, porém, que em 2018 ela foi eleita e ele estava inelegível, portanto ele passou a fazer exigências para que ela efetuasse pagamentos a ele, mediante ameaço de realizar uma verdadeira campanha contra ela nas redes sociais e rádios nas quais ele trabalhava uma vez que âncora.

Uma investigação foi ocasião na Polícia Federalista com base na perseguição e roubo. Segundo o questionário, o ex-deputado chegou a fazer música, espalhou faixas pelas ruas de Belém e até contratou coche de som para proferir palavrões contra a deputada Renilce Nicodemos. Em lives na internet, o ex-parlamentar também sugeriria que os seguidores a apedrejassem.

Tatuagem de ex-presidente

Enquanto parlamentar, Wladimir ficou divulgado por tatuar, no ombro, o nome do portanto presidente Michel Temer (MDB), em 2017. O deputado apareceu com a tatuagem – e uma bandeira do Brasil – quando estava sem camisa em Salinópolis (PA), durante a entrega de caminhões de coleta de lixo. Ele teve o procuração cassado no termo daquele ano.

A CNN tenta contato com a equipe de advogados do ex-deputado.

Recluso em abril

Com base na investigação e por preceito da Justiça, a PF prendeu o ex-deputado federalista Wladimir Costa, em 18 de abril deste ano, no Aeroporto Internacional de Belém (PA).

Os agentes da PF abordaram o ex-parlamentar ao chegar de voo à capital paraense. Ele logo em seguida foi guiado ao sistema prisional do estado.

A prisão preventiva requerida pela Polícia Federalista foi deferida em razão da prática reiterada, entre outros, dos crimes eleitorais de violência política praticados contra a deputada federalista Renilce nas redes sociais.

A decisão judicial também ordenou a exclusão das postagens nas redes sociais que motivaram o mandado de prisão.

Violência política de gênero

Três anos posteriormente a publicação da Lei que tornou delito a violência política de gênero (Lei 14.192/21), o Brasil teve somente duas sentenças de pena pelo delito, nenhuma delas transitada em julgado, ou seja, sem possibilidade de recurso (dados de 2021 a 2023). Essa de Wlad Costa seria a terceira.

Os dados constam no Relatório Monitor da Violência Política de Gênero e Raça, lançado em agosto pelo Observatório Pátrio da Mulher da Política da Câmara dos Deputados, em conjunto com o Instituto Alziras e a Dependência Francesa de Desenvolvimento.

Segundo o relatório, uma em cada quatro representações de violência política de gênero entre 2021 e 2023 foi arquivada ou encerrada.

 

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