Análise: Fujimori inaugurou modelo de autogolpe e governou como ditador no Peru
Alberto Fujimori, ex-presidente e ditador do Peru, faleceu nesta quarta-feira (11) aos 86 anos, em seguida uma longa guerra contra o cancro. Sua morte foi anunciada por sua filha, Keiko Fujimori, por meio de uma mensagem nas redes sociais.
Fujimori, que governou o Peru de 1990 a 2000, deixa um legado duvidoso que ainda divide a opinião pública peruana. Durante seu procuração, ele implementou medidas econômicas liberais que ajudaram a controlar a hiperinflação, mas também foi responsável por graves violações de direitos humanos.
O autogolpe e o governo ditatorial
Lourival Sant’Anna, comentador de Internacional da CNN, explica que Fujimori “inaugurou esse tipo de expediente para se perpetuar no poder”. Em 1992, ele realizou um autogolpe, dissolvendo o Congresso e intervindo no Poder Judiciário, passando a governar de forma ditatorial.
Durante seu governo, Fujimori enfrentou o grupo maoísta Sendero Luminoso, mas o fez “atropelando os direitos humanos”, com o uso de esquadrões da morte que vitimaram civis inocentes no interno do país.
Devassidão e pena
Depois sua queda, uma extensa rede de prevaricação foi revelada. O comentador relembra: “Na televisão, passava o tempo inteiro as gravações de vídeos que foram feitos pelo superintendente da lucidez do Fujimori, com deputados, juízes, que vinham até o gabinete dele receber moeda”.
Uma vez que resultado, Fujimori foi réprobo a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e prevaricação. No entanto, recebeu um indulto em 2023 por razões de saúde e idade avançada.
O legado Fujimori na política peruana
A influência de Fujimori na política peruana persistiu através de seus filhos, principalmente Keiko Fujimori, que se tornou uma importante líder da oposição. Apesar de nunca ter conseguido se optar presidente, Keiko chegou a dominar o Congresso peruviano.
Sant’Anna ressalta que o legado de Fujimori continua dividindo os peruanos. “As pessoas que se lembram do veste de que ele livrou o campo do Sendero Luminoso e organizou a economia, gostam do Fujimori. Outros se lembram das atrocidades cometidas”, explica o comentador.