Fitch Ratings eleva projeção para PIB do Brasil em 2024 de 1,7% para a 2,8%
A filial de classificação de risco Fitch Ratings elevou a previsão para o prolongamento do Resultado Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 1,7% para 2,8%, e manteve em 2% a estimativa de expansão anual para 2025 e 2026.
Em relatório, a Fitch diz que a economia brasileira demonstra força e que o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul sobre o prolongamento aparentemente foi “restringido e de vida curta”.
“A atividade se provou resiliente diante de uma política monetária ainda apertada, em segmento amparada por gastos fiscais mais altos e por um aumento no salário mínimo. O prolongamento do crédito desacelerou mais cedo no ano, mas começou a crescer de novo, e os indicadores do mercado de trabalho continuam fortes”, avaliou.
A desaceleração no ritmo de prolongamento do PIB esperada para o ano que vem viria de uma expansão global mais fraca, de um aperto da política monetária, da subtracção do impulso fiscal e da exiguidade de fatores extraordinários que impulsionaram a economia brasileira neste ano — uma vez que, por exemplo, os pagamentos de precatórios que estavam represados.
A Fitch pondera, no entanto, que a aprovação de reformas uma vez que a tributária pode ajudar a trazer um prolongamento maior que o esperado nos próximos dois anos.
A filial também prevê inflação de 4,50% em 2024 — no limite da tira de tolerância da meta buscada pelo Banco Meão —, com desaceleração para 4% ao termo de 2025 e a 3,8% no fechamento de 2026.
Neste cenário, a Selic começaria a aumentar em setembro, passando de 10,50% atualmente para 11,25% até o final do ano. Depois disso, as taxas diminuíram gradualmente, alcançando 10,5% ao termo de 2025 e 9,5% no final de 2026.
Ainda segundo a Fitch, o real deve terminar 2024 em R$ 5,40 e chegar ao final do ano que vem em R$ 5,30 por dólar.
