Por que Macron dissolveu o parlamento francês após as eleições na UE?
O presidente gaulês, Emmanuel Macron, anunciou neste domingo (9) a rescisão da Parlamento Pátrio e a convocação de novas eleições parlamentares
. No mesmo dia, o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou sua repúdio ao missão.
As decisões de ambos os líderes estão relacionadas ao ‘sacode’ histórico da extrema direita nas eleições do Parlamento Europeu
, órgão responsável pela legislação e decisões orçamentárias da União Europeia, encerradas também no domingo.
Todos os 27 países do conjunto realizam um pleito para optar seus respectivos eurodeputados. No totalidade, são 720 cadeiras, atualizadas de cinco em cinco anos.
Nas eleições deste ano, os partidos nacionalistas, populistas e conservadores tiveram um pequeno progresso, mas que foi suficiente para preocupar os líderes progressistas do continente europeu.
Resultados parciais
Os resultados parciais das eleições, divulgados nesta segunda (10), indicam a guinada à direita do Parlamento Europeu. De conformidade com as projeções atualizadas da percentagem eleitoral, o Partido Popular Europeu manteve a maior bancada no Legislativo da União Europeia e angariou 186 cadeiras, mesmo com o ligeiro recuo de 39% para 36%.
Em seguida está o conjunto da esquerda, formado pelo partido socialista e outras siglas, que também recuou de 25% para 23% da Mansão.
Já as siglas da ultradireita obtiveram um pequeno progresso e conquistaram mais espaço na Mansão, passando de 16,7% para 18,1%. Entre seus grandes representantes estão a francesa Marine Le Pen, rival de Macron, e a italiana Giorgia Meloni.
A maior guia do pleito foi do partido ambientalista europeu, com um recuo arrasador de 10% para 7% dos assentos.
Vale ressaltar que a taxa de continência no pleito do Parlamento Europeu é significativa: neste ano, as projeções apontam para 62,5% – ou seja, dos 10,4 milhões de inscritos, unicamente 3,4 milhões compareceram às urnas.
Oração de falência
Mesmo que não tenham conquistado a maioria, o pequeno progresso dos partidos populistas e nacionalistas no parlamento pode valer uma maior influência da ultradireita na agenda da União Europeia.
Segundo a crítico política especializada em relações internacionais Ana Beatriz Gomes, um dos fatores que contribui para a chegada em volume dos deputados de extrema direita é a crise econômica que assola alguns países do continente, muito uma vez que o achatamento da classe média.
“Essas pessoas estão com dificuldade de remunerar o aquecimento das casas. Portanto a extrema direita tem usado o oração de falência do estado e responsabilizando segmento da crise aos imigrantes”, diz a crítico.
Os desdobramentos da guerra na Ucrânia também contribuíram para esse cenário. Tapume de 40% do gás proveniente importado pela Europa vem da Rússia, que reduziu drasticamente o fornecimento de combustível para aquecimento em resposta às sanções impostas pela UE ao longo da escalada do conflito, desencadeando uma crise energética em diversos países.
“Há mais de uma dez a classe trabalhadora tem sofrido muitas perdas nesses países, existem questões de políticas nacionais, mas existe também um aumento poderoso do preço do gás na Alemanha, por exemplo, desde o início da guerra”, explica a crítico. “São muitos fatores que estão levando a um empobrecimento da população”, conclui.
Portanto, por que Macron dissolveu o Parlamento?
O partido Reagrupamento Pátrio, liderado por Marine Le Pen, conquistou murado de 31,37% dos votos nas eleições ao Parlamento Europeu e ultrapassou o Renascimento, de Macron, e o Partido Socialista, da prefeita de Paris, Anne Hidalgo.
A subida do partido da rival no Parlamento da UE levou o presidente gaulês a anunciar a rescisão da Parlamento Pátrio – medida que não configura um golpe de Estado, uma vez que está prevista no item 12º da Constituição de 1958 e que pode ser acionada em repúblicas democráticas semipresidencialistas.
Com a rescisão do Parlamento gaulês, os debates sobre projetos e propostas legislativas são paralisados e retomados do zero depois a renovação da Câmara.
Analistas apontam três hipóteses principais para explicar a decisão de Macron: substanciar a posição centrista do eleitorado gaulês; impedir o progresso da ultradireita na Mansão; ou ter uma guia calculada nas eleições presidenciais de 2027.
A convocação das novas eleições, que agora vão ocorrer em dois turnos nos dias 30 de junho e 7 de julho, foi justificada por Macron uma vez que uma urgência de proporcionar à França “uma maioria clara para agir com serenidade e simetria”.
Em seu oração, ele diz que o progresso do nacionalismo representa um risco tanto para a França quanto para a Europa. “O resultado das eleições na União Europeia não é um bom resultado para o meu governo” , declarou o presidente. Vale lembrar que a rescisão do Parlamento em zero afeta o missão de Macron. A mudança, se ocorrer, será ‘dentro’ da Mansão.
Para Ana Beatriz, a rescisão do Parlamento é uma tentativa de Macron para “minar a extrema direita na França”.
De conformidade com a crítico, a decisão do presidente gaulês vai além da intenção de prometer que a rival, Marine Le Pen, se fortaleça no legislativo.
“Ou a extrema direita perderia num processo eleitoral no parlamento com uma unificação do campo progressista, ou eles venceriam e Macron faria um processo de desgaste sobre o primeiro-ministro do grupo político da Le Pen, e isso seria utilizado no processo eleitoral para desqualificar a capacidade de gestão deles”, afirma.
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