PF vai investigar assassinato de empresário no aeroporto de Guarulhos

A Polícia Federalista (PF) determinou, neste sábado (9), a introdução de um sindicância para investigar o homicídio do empresário Antônio Vinicius Gritzbach.

Ele foi morto a tiros na tarde de sexta-feira (8) no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Na ocasião, dois homens desembarcaram de um veículo preto e efetuaram os disparos contra o empresário, ligado à partido criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“A investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Social de São Paulo e decorre da função de polícia aeroportuária da instituição”, disse a PF em nota.

Gavinha com o PCC

De conformidade com apuração da CNN, Gritzbach passou a ser escopo de ameaças posteriormente a morte de dois membros do PCC: Anselmo Becheli Santa Fausta, vulgo “Rostro Preta”, e Antônio Corona Neto, vulgo “Sem Sangue”, em dezembro de 2022. Gritzbach teria sido jurado de morte pelo PCC por conta dos assassinatos.

O empresário — que trabalhava no ramo imobiliário e em operações de criptomoedas — conheceu “Rostro Preta” em meados de 2018 e começou a realizar investimentos para ele.

Fontes ligadas às investigações revelam que foram feitas transações milionárias com o moeda de origem duvidosa. Com o tempo, porém, “Rostro Preta”, que era responsável pela movimentação de valores milionários, passou a suspeitar de desfalques e iniciou uma escalada de cobranças, exigindo que Gritzbach “prestasse contas dos lucros obtidos”, segundo documentos da investigação.

Conforme as suspeitas se intensificaram, “Rostro Preta” se convenceu de que estava sendo ludibriado e teria portanto exigido a reembolso integral dos valores. Porquê não tinha porquê restituir, Gritzbach teria encomendado a morte do membro influente da organização criminosa.

Delação

Gritzbach negociava delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Ele apontava movimentações financeiras de “Rostro Preta” e indicava a lista de imóveis que ele possuía, em nome de laranjas, em diversos prédios de sobranceiro padrão na capital paulista. Ele também apontou policiais militares e civis suspeitos de extorquir traficantes.

A Delegacia de Homicídios (DHHP), da Polícia Social de São Paulo, investiga a hipótese de queima de registo, que pode ter partido de qualquer um dos inimigos do empresário, porquê motivação do delito. Imagens das câmeras de segurança do aeroporto serão analisadas nas próximas horas para tentar identificar os suspeitos pela realização.

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