
Adversários miram Paes, que evita embate no 1º debate na TV entre candidatos no Rio
No primeiro debate entre candidatos a prefeito do Rio de Janeiro na TV, os candidatos defenderam suas propostas, trocaram farpas e miraram no atual prefeito carioca, Eduardo Paes (PSD), grande segmento das críticas.
Os concorrentes se encontraram pela primeira vez na noite desta quinta-feira (8) em debate promovido pela TV Bandeirantes.
Além do candidato à reeleição, também participaram os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), Marcelo Queiroz (PP) e Tarcísio Motta (PSOL), e o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil).
Embora as críticas à atual gestão tenham partido com maior intensidade dos candidatos que se identificam porquê bolsonaristas, Ramagem e Amorim, os escolhidos pelo PSOL e PP não se abstiveram de falar sobre Paes — que lidera as pesquisas de intenção de voto.
Ramagem, que é o candidato bem oficialmente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), iniciou suas falas destacando o escora do ex-mandatário e associando os problemas enfrentados pela capital carioca ao “descaso e à malandrice desse grupo que está aí”.
“Onde tem malandrice demais tem instrução de menos, tem saúde de menos, tem segurança de menos. Um Rio dissemelhante não será feito por esses políticos de sempre. Se não tiver a ordem dentro da prefeitura, não vai ter ordem fora da prefeitura”, complementou.
O deputado Amorim usou por diversas vezes apelidos, porquê “pai da pataratice”, “rebento mal-agradecido do [Sérgio] Cabral” e “soldado do Lula”, quando falava sobre a atual gestão.
“Fui nomeado para criar uma frente conservadora contra a esquerda e contra o projeto do soldado do Lula em fazer do Rio de Janeiro um bunker da esquerda”, disse o deputado estadual em sua apresentação.
No início do segundo conjunto do embate, Eduardo Paes teve outorgado um recta de resposta, que acabou sendo o único do debate, e rebateu críticas a obras da via expressa TransBrasil e ao sistema de transporte coletivo do município, sabido porquê BRT.
“Nós não vamos deixar ninguém rematar com o BRT, porquê esses dois cá estão querendo rematar”, disse o prefeito.
Já Marcelo Queiroz, que se apresentou porquê escolha aos “extremos”, chegou a expressar que teve um “bom trabalho” com Paes, quando foi secretário municipal de Gestão do Rio de Janeiro entre 2015 e 2016, mas que “a prefeitura que antes pensava o Rio de Janeiro, hoje, pensa só política”.
Cumprimento do procuração
Amorim também questionou o prefeito sobre sua permanência no procuração pelos próximos quatros anos, caso seja reeleito, fazendo referência a eventual intenção do pessedista de se candidatar ao governo do Estado em 2026.
“Você sabe muito porquê eu paladar de ser prefeito do Rio de Janeiro. Eu vou permanecer os meus quatro anos porquê prefeito dessa cidade, cuidando dos cariocas, que é uma enorme honra para mim”, respondeu Paes.
Em outro momento do debate, o candidato do PP rebateu uma fala do prefeito sobre recomposição do salário de servidores públicos e afirmou que “a gente tem que ter um programa de avaliação de todos os serviços da prefeitura do Rio de Janeiro pela população”.
“Não adianta combinação de meta, combinação de resultados, se você não combina com as pessoas que usam o serviço público. A gente precisa, de indumentária, é ter avaliação”, acrescentou Queiroz.
Mais desempenado à esquerda, Tarcísio Motta teceu críticas tanto ao atual prefeito quanto aos outros adversários durante o debate.
“Tem gente cá nesse debate que quer continuar governando a cidade por 16 anos. Outros cá representam uma extrema-direita que quando foi eleita prometia cuidar das pessoas e só entregou pataratice”, disse o candidato do PSOL ainda no início de suas falas.
Eduardo Paes, embora também tenha alfinetado os adversários, mormente em relação aos “aliados” de Ramagem, focou em responder às críticas questionando os oponentes sobre a perpetuidade de propostas de sua gestão.
Segurança pública
A questão da segurança pública apareceu porquê um dos temas centrais do debate e foi citada em diversas ocasiões, por diferentes candidatos.
“O Rio vive uma crise de segurança profunda e não é só na cidade do Rio de Janeiro, é em toda a região metropolitana, em todo o estado”, afirmou o atual prefeito em resposta a uma pergunta feita por Alexandre Ramagem.
Paes defendeu o papel complementar do município na questão, argumentando que as cidades não dispõem de todos os instrumentos necessários para solucionar problema.
“Segurança é responsabilidade de todos, não sou eu que estou falando, é a própria Constituição. E o município está inserido nela”, rebateu o candidato do PL.
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