UE vota em eleições que podem dar um impulso à extrema direita

ARIS MESSINIS

Mulher vota nas eleições do Parlamento Europeu, em Atenas, Grécia, em 9 de junho de 2024

Aris MESSINIS

As eleições para a renovar o Parlamento Europeu vivem neste domingo (9) seu dia decisivo, com votação na maioria dos 27 países do conjunto e com a perspectiva de um fortalecimento da extrema direita.

A eleição dos 720 deputados do Parlamento Europeu é o primeiro passo na renovação de dois líderes da UE: os presidentes da Percentagem Europeia, o poder executivo da UE, e o Juízo, que representa os países do conjunto.

As nações mais populosos da UE, Alemanha, França e Espanha, abriram seus centros de votação pela manhã. Na Itália, o pleito começou no sábado, mas as urnas serão fechadas no domingo à tarde.

Na França, as projeções ao meio-dia lugar indicavam um nível de participação em torno dos 19,81%, ligeiramente supra dos 19,26% registrados neste mesmo horário nas eleições de 2019.

A Alemanha é o país que irá escolher o maior número de eurodeputados, com 96, seguida de França (81), Itália (76) e Espanha (61). Súcia, Luxemburgo e Chipre escolherão seis cada.

As projeções em toda a UE indicam que o conjunto do Partido Popular Europeu (PPE, direita) continuará tendo uma presença mais possante no Parlamento, seguido pelo grupo Socialistas e Democratas (S&D, social-democratas).

Entretanto, o conjunto Renovar Europa (Renew, centristas e liberais) deverá continuar a ser o terceiro mais importante, apesar do progressão da direita e da extrema direita.

As pesquisas indicam que as agremiações de extrema direita podem obter até um quarto dos assentos, ameaçando até mesmo a bancada dos Verdes.

A família política da extrema direita está dividida em dois blocos, mas uma mostra clara de força os posicionaria uma vez que interlocutores indispensáveis no processo de tomada de decisões.

De um lado, há o conjunto dos Conservadores e Reformistas (ECR) e, do outro, o da Identidade e Democracia (ID), separados por sua posição em relação à própria UE.

O resultado deste domingo redefinirá o planta político do conjunto para os próximos cinco anos, no momento em que enfrenta questões uma vez que a guerra na Ucrânia e negociações comerciais.

A atual presidente da Percentagem e candidata a um novo procuração de cinco anos, a alemã Ursula von der Leyen, do PPE, votou pela manhã na localidade de Burgdorf, na Baixa Saxônia, acompanhada por seu marido.

Von der Leyen abriu as portas para alianças pontuais com o grupo da primeira-ministra de extrema direita da Itália, Giorgia Meloni.

– Campanha acirrada na Espanha –

Com seus 38 milhões de cidadãos com recta a voto, a Espanha elegerá 61 dos 720 eurodeputados, sendo o quarto país com mais assentos.

O suporte dos espanhóis à UE permanece supino – 67% são favoráveis, segundo a última pesquisa do Eurobarômetro – talvez porque associem a modernização do país depois a ditadura franquista (1939-1975) à adesão ao conjunto.

A Espanha teve eleições municipais, regionais, nacionais e agora europeias em pouco mais de um ano, e cada uma tem um sabor de revanche da anterior, entre os socialistas do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, e os conservadores do Partido Popular (PP), liderado por Alberto Núñez Feijóo.

A campanha foi muito acirrada e foi dominada pela investigação judicial sobre suposta depravação e tráfico de influência da esposa de Sánchez, Begoña Gómez, tal qual testemunho está marcado para 5 de julho.

“É importante que com nosso voto decidamos se queremos uma Europa que avance ou uma Europa que retroceda. E espero que seja o primeiro, antes do segundo”, disse Sánchez depois votar.

Na França, pesquisas indicam que o partido de extrema direita Rassemblement National (Reagrupamento Vernáculo, RN), de Marine Le Pen, pode derrotar a coligação de centro-direita do presidente Emmanuel Macron.

Por sua vez, na Alemanha, o partido de extrema direita AfD pode invadir murado de 14% dos votos, em paridade com os Verdes e detrás dos democratas-cristãos.

Outro país onde a extrema direita pode ter um resultado sólido é a Hungria.

“Espero que dessas eleições saia uma maioria favorável à silêncio”, declarou o primeiro-ministro, o patriótico Viktor Orban, depois votar em Budapeste.

Ferenc Hamori, um professor de Instrução Física que votou na periferia da capital húngara, disse que o país funcionaria muito melhor se tivesse mais líderes uma vez que Orban.

O partido do premiê, Fidesz, tem murado de 50% das intenções de voto, e em segundo lugar está a formação de oposição Tisza, com murado de 27%.

Na Polônia, o médico Andrzej Zemiejewski, de 51 anos, disse depois votar em Varsóvia que sua preocupação mais urgente era o reforço “da segurança”, dada a proximidade de seu país com o cenário da guerra entre Rússia e Ucrânia.

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