P20: Lira reconhece divergências, mas vê debate menos acirrado do que em 2023
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), relatou, ao final dos dois dias da 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20), que o encontro foi finalizado com consenso e com debate “menos intransigente” do que em 2023.
“Penso que, ao final, saiu um conformidade, consensuado, apesar de todas as divergências e pontuação, mas com aprovação calma e num debate menos intransigente do que o que presenciei no ano pretérito em Novidade Délhi”, disse em entrevista à TV Câmara.
Na visão de Lira, com as mudanças que ocorrem na geopolítica, os mecanismos de contenção, porquê o próprio Parecer de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), precisam ser revistos.
“A geopolítica mundial está mudando e os mecanismos de contenção, que busquem sempre a sossego, o estabilidade, prometer a vida de civis inocentes, estão perdendo força pela forma porquê atuam, e porquê passaram a atuar depois de eventos importantes do século pretérito, que precisam ser revistos para a atualidade dos tempos”, enfatizou.
A expectativa é que a epístola assinada pelos representantes dos parlamentos, com proposições consensuais, seja também debatida na 19.ª reunião de cúpula do G20, que se inicia no próximo dia 18, no Rio de Janeiro (RJ).
Nesse sentido, Lira também defendeu a participação cada vez maior do parlamento nas discussões, uma vez que todas as medidas precisarão ser aprovadas pelas Casas Legislativas. “Cada vez mais essa interação entre os países é importante, tanto a nível de Brasil, quanto a nível mundial, para que o parlamento mundial, ou os chefes, ou os representantes, sejam também inseridos nessas discussões prévias e pós, para que logre esse sucesso em tudo o que se discute no G20”, disse.
Cúpula do P20
Parlamentares e representantes internacionais debateram sobre desenvolvimento sustentável, representatividade feminina, combate às desigualdades e desafios da governança global.
O tema do encontro foi “Parlamentos por um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”. De conformidade com a Câmara, 35 delegações, que somam 362 delegados, participaram da conferência.
“O parlamento brasílico cumpriu seu papel, sempre com a garantia de um país que exala essa neutralidade, imparcialidade com relação a temas mais áridos no mundo”, avaliou Lira.
No totalidade, 23 países participaram do evento, sendo 15 do G20 e oito convidados. A conferência também teve a participação de representantes de cinco organismos internacionais: União Interparlamentar, Parlamento do Mercosul, ParlAmericas, Organização das Nações Unidas (ONU) e ONU Mulheres.
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