Análise: Kamala se prepara para o tão esperado confronto com Trump, enquanto ele aposta em abordagem informal

O momento mais importante na corrida entre Kamala Harris e Donald Trump chega esta semana, à medida que a vice-presidente se prepara para o que pode ser sua única oportunidade de confrontar diretamente um ex-presidente dos quais domínio político ela promete concluir.

O debate de terça-feira (10) à noite é particularmente crucial para Kamala, que está lutando para se definir aos olhos dos eleitores e manter o impulso positivo que tem desfrutado desde que se tornou a novidade candidata do partido Democrata em julho.

O debate no National Constitution Center na Filadélfia será o primeiro encontro faceta a faceta entre Harris e Trump, que estão envolvidos em uma corrida apertada.

Para Kamala, é um momento de destaque para mostrar aos americanos que ela está pronta para assumir a presidência, uma questão que está muito na mente dos eleitores à medida que a campanha se intensifica.

“Olhem, é hora de virar a página da polarização,” disse ela durante uma paragem de termo de semana em Pittsburgh, enquanto fazia uma pausa nos preparativos para o debate. “É hora de unir nosso país e traçar um novo caminho a seguir.”

Enquanto isso, Trump está ansioso para moldar negativamente a percepção dos eleitores sobre sua rival democrata e interromper os avanços que ela fez desde que ascendeu ao topo da placa democrática em julho. Kamala eliminou o que, por grande secção do ano, havia sido a vantagem de Trump sobre Biden nas pesquisas presidenciais.

Tanto Kamala quanto Trump estão se apresentando porquê agentes de mudança. A Democrata se apresenta porquê uma ruptura limpa de uma era política amargamente divisiva dominada por Trump. O ex-presidente, no entanto, aponta para o tempo de Kamala na gestão Biden e diz que ela é responsável pela inflação, taxas de hipoteca mais altas, entre outras questões.

A campanha de Trump e seus aliados acusaram a vice de Biden de evitar detalhes políticos. No entanto, a resposta incoerente de Trump na semana passada a uma pergunta sobre porquê tornaria o zelo infantil mais conseguível foi um lembrete vívido de que o ex-presidente há muito descarta detalhes políticos e questões sobre a viabilidade de suas propostas.

Trump também lançou ataques racistas e vulgares contra Kamala, incluindo a alegado falsa em julho de que ela “de repente se tornou negra” alguns anos detrás (ela é filha de imigrantes indianos e jamaicanos) e compartilhando nas redes sociais referências ao seu vetusto relacionamento com o ex-prefeito de São Francisco, Willie Brown.

Se Trump fizer comentários semelhantes — e porquê Kamala responderá — isso pode moldar a percepção dos eleitores sobre o confronto deles na terça-feira.

O debate, moderado pelos âncoras da ABC Linsey Davis e David Muir, está agendado para resistir 90 minutos. Assim porquê no debate da CNN entre Trump e Biden em junho, os microfones dos candidatos serão ligados quando for a vez deles de falar e silenciados caso contrário.

Essas regras — acordadas pelas campanhas de Biden e Trump — frustraram a Democrata, que esperava usar suas habilidades porquê ex-promotora durante qualquer confronto no palco com Trump.

“A vice-presidente Kamala Harris, uma ex-promotora, estará fundamentalmente em desvantagem com esse formato, que servirá para proteger Donald Trump de trocas diretas com a vice-presidente. Suspeitamos que essa seja a principal razão para a insistência da campanha de Trump em microfones silenciados,” disse a campanha de Harris na quarta-feira (4) em uma missiva para a ABC News concordando com o debate.

Disputa acirrada em estados pêndulos

O debate ocorre pouco antes do início da votação antecipada em vários estados-chave. As pesquisas mostram uma corrida apertada nacionalmente e em pontos críticos — incluindo o “muro azul” da Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, assim porquê os estados do cinturão do Sol, Arizona, Geórgia, Nevada e Carolina do Setentrião.

Ambas as campanhas têm prestado atenção privativo à Pensilvânia e à Geórgia, onde pesquisas recentes da CNN indicaram que não há um líder simples entre os candidatos. Se Trump mantiver a Carolina do Setentrião, um estado que venceu duas vezes, vitórias na Pensilvânia e na Geórgia poderiam levá-lo além dos 270 votos eleitorais necessários, mesmo que não ganhe nenhum dos outros estados críticos.

Kamala recebeu uma notícia animadora no final da semana passada, quando sua campanha anunciou que arrecadou quase o triplo do montante arrecadado por seu rival republicano em agosto — $361 milhões contra $130 milhões de Trump — entrando em setembro com $404 milhões em reservas de caixa para o sprint final de dois meses até novembro. Esse valor supera amplamente os $295 milhões que a operação política de Trump afirma ter em caixa.

No entanto, uma pesquisa do New York Times/Siena College divulgada no domingo (9) destacou a influência da disputa para definir Harris. A pesquisa, que mostrou os dois candidatos aproximadamente empatados nacionalmente, sugeriu que uma parcela significativa dos eleitores ainda precisa de mais informações sobre a vice-presidente: 28% dos eleitores prováveis disseram que sentem que precisam aprender mais sobre Kamala, enquanto exclusivamente 9% disseram o mesmo sobre Trump.

A pesquisa também ofereceu alguns alertas potenciais para a Democrata. Enquanto 61% dos eleitores prováveis disseram descobrir que o próximo presidente deveria simbolizar uma “mudança significativa” em relação a Biden, exclusivamente 25% disseram descobrir que Kamala Harris representa tal mudança, enquanto 53% disseram que Trump a representa.

A mesma pesquisa revelou que 47% dos eleitores prováveis consideram Kamala muito liberal, apesar de suas tentativas de se moderar nas últimas semanas, em verificação com 32% que disseram que Trump é muito conservador.

Kamala Harris em Chicago • 22/8/2024 REUTERS/Mike Segar

Preparação para o debate em Pittsburgh

Os dois candidatos tomaram abordagens drasticamente diferentes para se prepararem para o confronto de terça-feira.

Nenhum candidato presidencial na era moderna participou de mais debates eleitorais televisivos do que Trump. Kamala e sua equipe têm estudado cuidadosamente todos os seis debates dele — três com Hillary Clinton em 2016, dois com Biden em 2020 e outro com Biden em junho — enquanto ela se prepara para sua vez no palco.

A Democrata passou os dias que antecedem o debate reclusa com seus assessores em um hotel em Pittsburgh, fazendo exclusivamente aparições públicas ocasionais e breves. No entanto, seus assessores disseram que ela tem pensado em um debate com Trump desde o momento em que Biden encerrou sua candidatura à reeleição no final de julho.

“Acho que os eleitores merecem ver o contraste que existe nesta corrida em um palco de debate,” disse Harris aos repórteres no mês pretérito. “Estou pronta. Vamos lá.”

Ela tem lido documentos de briefing sobre os comentários, posições e até mesmo os insultos que Trump dirigiu a ela, segundo seus assessores, além de se familiarizar com a forma porquê Trump se comportou com seus dois adversários democratas anteriores, principalmente Hillary Clinton.

Kamala conversou extensivamente com Clinton e Biden sobre porquê debater com Trump, na esperança de se beneficiar de suas experiências.

E ela começou a sinalizar sua abordagem para Trump mesmo antes de sua nomeação se tornar solene, dizendo a uma plateia em Atlanta no final de julho: “Se você tem um tanto a expressar, diga isso na minha faceta.”

Uma estratégia para a vice de Biden, segundo seus assessores, é não exclusivamente enfrentar o ex-presidente, mas também tutelar que é hora de o país superar a era Trump. Qualquer provocação dele sobre questões raciais deve ser minimizada e desconsiderada porquê secção do “mesmo velho e esgotante roteiro,” porquê Kamala disse durante sua entrevista com a CNN no mês pretérito.

Embora muitos candidatos demonstrem insatisfação com os preparativos para debates, os assessores disseram que Kamala está se aprofundando nas sessões de prática com debates simulados contra um substituto de Trump, o veterano assessor de Clinton, Philippe Reines, e se preparando porquê fez durante seus anos porquê promotora.

Karen Dunn, uma advogada de Washington que ajudou candidatos democratas a se prepararem para debates por mais de uma dezena, está conduzindo as sessões de prática para Harris. Dunn, que trabalhou com Clinton antes de seus encontros com Trump em 2016, conheceu Kamala Harris quando a preparou para enfrentar o vice-presidente Mike Pence em 2020.

“Senhor Vice-presidente, estou falando. Estou falando,” disse Kamala em um momento durante aquele debate, uma traço que pode ser repetida na terça-feira se ela enfrentar qualquer interrupção. “Se você não se importar em me deixar terminar, podemos ter uma conversa. OK? OK.”

Candidato presidencial republicano, Donald Trump, faz comício em Charlotte, Carolina do Setentrião • 24/07/2024 REUTERS/Marco Bello

A abordagem informal de Trump

Nos últimos dias, Trump tem provocado Kamala sobre seus preparativos e alegado que sua performance no debate não será avaliada de forma justa.

“Se eu a destruir no debate, vão expressar: ‘Trump sofreu uma rota vexatório esta noite,’” disse o ex-presidente em um comício de campanha no sábado em Mosinee, Wisconsin.

Trump, que argumenta que não precisa de preparação formal porquê debates simulados, tem se reunido com conselheiros seniores, especialistas em políticas e aliados externos para se preparar para a terça-feira.

As “discussões sobre políticas” — a versão da campanha de Trump para preparação para debates — espelham em grande secção aquelas que o ex-presidente teve nas semanas anteriores ao seu debate com Biden em 27 de junho, disseram fontes familiarizadas com as reuniões à CNN.

O mentor sênior de Trump, Jason Miller, tem orientado as reuniões, que incluíram sessões com o ex-oficial da gestão Trump Stephen Miller, o mentor de políticas da campanha de Trump Vincent Haley e a ex-representante democrata Tulsi Gabbard, entre outros.

As sessões têm se concentrado em ajudar Trump a aprimorar sua mensagem sobre uma gama de questões, desde a economia até imigração e a democracia americana em universal.

A campanha de Trump também agendou deliberadamente uma série de eventos nos dias que antecedem o debate, porquê o exposição de política da semana passada no Economic Club de Novidade York e seu town hall com a Fox News, com o objetivo de ajudá-lo a refinar sua mensagem em público, disseram seus assessores.

Pessoas próximas a Trump argumentam que um dos aspectos mais cruciais do confronto de terça-feira com Kamala Harris é prometer que o ex-presidente não pareça excessivamente invasivo em relação a ela e mantenha o tom adequado. Assim porquê em seu debate com Biden em 27 de junho, os assessores e aliados de Trump têm incentivado-o a adotar uma postura mais contida durante o debate.

No entanto, muitos reconhecem em privado que isso será ainda mais importante desta vez. Kamala é uma candidata mais popular do que Biden era na idade, e ela também é uma mulher, o que faz com que a percepção de ataques específicos tenha um impacto dissemelhante, dizem eles.

A ex-deputada Republicana Tulsi Gabbard, que recentemente endossou Trump, tem sido uma peça-chave nesse esforço. Ela foi uma das candidatas presidenciais democratas de 2020 que desafiou Kamala no palco do debate. Gabbard tem trabalhado com Trump para ajudá-lo a compreender melhor o estilo de debate de Harris.

Os assessores de Trump acreditam que os ataques de Gabbard à logo senadora da Califórnia — particularmente o fiscalização de seu histórico porquê procuradora — ajudaram a minar a candidatura de Kamala em 2019.

A equipe do ex-presidente instruiu-o a hostilizar especificamente a Democrata sobre questões em que ela mudou de posição.

“Queremos mantê-lo focado em hostilizar o histórico dela. Sobre a exploração de petróleo, sobre suas mudanças de posição, e mostrar que ela é tão responsável pelos fracassos das políticas da gestão Biden quanto Biden,” disse um dos assessores.

Aqueles que estão ajudando Trump a se preparar também o orientaram a concentrar suas respostas nas questões políticas centrais onde ele tem uma avaliação melhor do que Harris, porquê economia, imigração e transgressão, disseram fontes familiarizadas com as reuniões.

“A secção mais importante é encontrar os momentos certos, encontrar maneiras de ser crítico em relação a ela, desviando os ataques dela,” disse um cocuruto assessor de Trump à CNN. “Não se trata de ela interrompê-lo ou porquê ela vai agir. Trata-se dele estar focado nas suas respostas sobre política. Esse tem sido o principal foco.”

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