por que devemos ter cuidado ao falar de suicídio nas redes sociais?
As redes sociais hoje servem porquê um espaço para compartilhar momentos da nossa vida, nossas experiências, pensamentos e emoções. Infelizmente, muitas pessoas fazem mau uso dessas plataformas, principalmente quando se trata de temas delicados porquê compartilhar detalhes sobre tentativas de suicídio e métodos usados. Embora possa parecer uma forma de buscar suporte e compreensão de terceiros, esse tipo de relato pode ser perigoso, principalmente para aqueles que estão vulneráveis.
Um dos principais perigos é o potencial efeito de contágio ou “efeito Werther”, usado na literatura médica em menção ao romance “Os Sofrimentos do Jovem Werther” do noticiarista germânico Goethe, que conta a história de um jovem que tirou a própria vida em seguida vivenciar uma paixão não correspondida. A era, centenas de jovens cometeram suicídio, alguns deles estavam usando roupas parecidas com o personagem principal, utilizaram o mesmo método que ele ou foi encontrado o livro no sítio da morte.
Quando uma pessoa compartilha detalhes de uma tentativa de suicídio, dos métodos que usou ou planeja usar para milhares de pessoas, isso pode ser entendido porquê uma validação ou até mesmo uma sugestão para outros que estão passando por momentos difíceis. É porquê se estivessem enviando uma mensagem de que o suicídio é uma opção viável e até mesmo razoável. Principalmente quando é uma pessoa influente e famosa, pois pode sobrevir a identificação com o seu ídolo.
O compartilhamento de métodos específicos pode fornecer às pessoas que estão pensando em cometer suicídio informações detalhadas e acessíveis sobre porquê fazê-lo. Isso pode aumentar o risco de uma pessoa seguir adiante com seus planos, mormente se estiver em um estado emocional frágil e vulnerável.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 1 milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano em todo o mundo. No Brasil, já passamos de 15 milénio casos notificados anualmente, com uma tendência preocupante de prolongamento entre os jovens. Esses números apesar de alarmantes podem não ser reais, pois há muita subnotificação em mortes suspeitas, e também não refletem totalmente o impacto devastador que o suicídio tem sobre as famílias e pessoas próximas. São muitas as pessoas afetadas direta e indiretamente.
O compartilhamento de tentativas de suicídio nas redes sociais não é somente prejudicial para aqueles que estão passando por dificuldades, mas também para aqueles que estão em suas redes de suporte. Amigos e familiares podem se sentir impotentes, culpados ou sobrecarregados ao serem expostos a essas informações. Pessoas que também já passaram por essas situações também podem ser afetadas ao lerem os relatos.
O suicídio é uma questão de saúde pública e que pode ser prevenida. Mas isso exigirá um compromisso sério de todos os setores da sociedade. Para prevenir o suicídio, precisamos investir em campanhas de promoção da saúde mental e prevenção de doenças. Isso inclui não somente a conscientização sobre os transtornos mentais, mas também o tratamento adequado e a garantia de aproximação a medicamentos essenciais por meio do sistema público de saúde e farmácias populares.
O comportamento suicida é uma complicação das doenças mentais. A existência de transtornos mentais é considerada um fator de risco significativo para o suicídio. Praticamente 100% das pessoas que tentam ou cometem suicídio têm qualquer possui qualquer quadro psiquiátrico, diagnosticada ou não. Infelizmente, muitas delas não têm aproximação ao tratamento adequado.
Ou por outra, é fundamental combater o estigma associado às doenças mentais. O estigma pode impedir que as pessoas busquem ajuda quando mais precisam e não recebam o tratamento adequado.
Outra medida que seria de grande ajuda seria a implementção de políticas mais rigorosas para mourejar com teor relacionado ao suicídio nas redes sociais. Incluindo a remoção rápida de postagens que glorificam o suicídio ou induzem pessoas a isso, muito porquê oferecer informações confiáveis sobre porquê buscar ajuda médica para tratar os transtornos mentais para aqueles que estão mais vulneráveis.
Promover campanhas visando a conscientização sobre saúde mental e o estigma que muro as doenças mentais é fundamental. Muitas pessoas que poderiam se beneficiar do tratamento não o procuram devido ao susto do julgamento social ou à falta de entendimento sobre as doenças mentais.
É importante lembrar que o suicídio não é uma saída e que há esperança e ajuda disponíveis. Se você ou alguém que você conhece está lutando com pensamentos suicidas, não hesite em buscar ajuda médica e serviços de saúde. Procure um psiquiatra. Fale para qualquer pessoa sobre seus pensamentos e peça ajuda. Tudo tem que ser resolvido de inesperado. Você não está sozinho e há pessoas dispostas a ajudá-lo.
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