PF não descarta novo depoimento de ex-ajudante de Bolsonaro sobre arquivos deletados

A Polícia Federalista (PF) analisa se será necessário invocar novamente o tenente-coronel Mauro Cid para prestar testemunho no contextura das investigações sobre suposto projecto de golpe de Estado no Brasil.

Na reta final da investigação, a PF se debruça nas análises dos materiais encontrados nos aparelhos eletrônicos do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e também do deputado federalista Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Escritório Brasileira de Perceptibilidade (Abin) no governo do ex-presidente.

Novos elementos foram encontrados no computador e celular de ambos, o que adiou a peroração do interrogatório, conforme revelou a CNN.

Nos arquivos de Mauro Cid, mensagens com texto golpista foram confiscadas para inclusão no interrogatório, com autorização do Supremo Tribunal Federalista (STF).

A PF, agora, avalia se precisará que Cid explique esses itens — eles foram apagados do seu computador, mas agentes conseguiram recuperá-los.

A confirmação para novo testemunho do militar, porém, depende das análises que estão sendo feitas no material que foi extinto. Segundo fontes ouvidas pela CNN, se houver premência de esclarecimentos, ele deve ser intimado para interrogatório.

Sem presente

O interrogatório está na período final, com coleta dos últimos depoimentos. Entre eles, o de Ramagem, que foi ouvido na terça-feira (5). Questionado sobre mensagens e e-mails encontrados nos equipamentos deles orientando Bolsonaro a questionar as urnas eletrônicas, ele disse que não lembrava.

Segundo fontes, Ramagem, em quase todas as perguntas do interrogatório, disse não se lembrar das mensagens e e-mails.

A PF também colhe nesta semana depoimentos de militares do Tropa no contextura dessa investigação e verosímil conluio para golpe.

A CNN entrou em contato com Ramagem e a resguardo de Mauro Cid e não obteve retorno até o momento.

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