Qual banda você queria de volta? Entenda a onda do recomeço do rock

Se você ouvia rock nos anos 1980,1990 e 2000… feche os olhos e lembre daquela melodia que você mais gostava de ouvir. A filarmónica ainda existe? Se sim, que bom que é provável ir a shows e ter aquele sentimento de antiguidade, de nostalgia, ainda aparecendo. Parece até cena de “Divertida Mente 2” (contém spoiler do filme). Mas, se a resposta for não, a filarmónica já se separou, o que digo é… calma!

A vaga agora é a volta “dos que não foram”. Já vimos os Titãs juntos em uma turnê épica até nascente ano. Teve também NX Zero e Restart. No cenário internacional, Oasis foi a grande novidade. E Linkin Park também já anunciou sua volta, com uma novidade cantora, a Emly Armstrong. É a nostalgia batendo muito na porta.

Se sua filarmónica preferida (qual é?) ainda não anunciou uma volta, saiba que há esperanças. A minha é Engenheiros do Hawaii. Aí você me pergunta: mas eles vão retornar? Não necessariamente. Humberto Gessinger, o vocalista, já anunciou uma novidade turnê para o ano que vem, com músicas da filarmónica e de seu trabalho solo. E os outros integrantes da quadra de ouro do trio, Augusto Licks (guitarra) e Carlos Maltz (bateria), estão em turnê pelo Brasil tocando os maiores sucessos dos anos 80 e 90 da filarmónica. Farão show em São Paulo neste domingo (8), no Carioca Club, em Pinheiros (zona oeste).

Esse retorno “separado”, para mim, também entra na lista da volta “dos que não foram” do nosso rock pátrio. Eu conversei com Augusto Licks para entender isso. Por que, posteriormente mais de 20, 30 anos, esses caras pegam seus instrumentos de novo, anunciam shows e rememoram os sucessos? Eu já sei o que está na sua cabeça: a resposta deve ser moeda. Sim e não.

Evidente, o tempo passou, há contas a remunerar e é importante ter o retorno financeiro de uma turnê, principalmente para aqueles que estavam fora da mídia. Mas ouso a expor que esse recomeço é maior que isso. “É ver nos olhos de quem está no show aquele sentimento de voltar no tempo, de reencontrar quem você era antes, aquilo que a gente acha que perdeu com o tempo”, conta Licks, que veio me visitar cá na CNN.

Quando fui buscá-lo na recepção, uma surpresa. O segurança do prédio o reconheceu e quis lembrar das músicas daquela quadra. Nos corredores da CNN, ele era parado e contava histórias dos anos 90, uma vez que uma sobre uma vez que ele compôs o início de “O Tropa de um Varão Só”, música do álbum “O Papa é Pop”, de 1990. Aquele som de guitarra (ouve aí) teve uma vez que inspiração um programa de música sertaneja da TV Cultura, que ele assistiu quando acordou num domingo de manhã. Era o “Viola, Minha Viola”, com Inezita Barroso. Viu aquela viola, ouviu os acordes, quis imitar para o rock… e o resultado foi um sucesso.

E essa volta ao pretérito, nessa história, é só um exemplo mesmo de uma vez que nós, muitas vezes, queremos voltar ao pretérito também. E, quando conseguimos, com as bandas que retornam, é esse sentimento bom que nos invade. “Vejo pessoas nos shows declarando as músicas, cantando com uma emoção que vem direto do coração. Isso já vale voltar a tocar e nos dá robustez”, diz Licks.

Show de rock
Show de rock com Licks • Divulgação

Outro fator para “as voltas” é a maturidade. Estamos mais velhos, já não nos importamos tanto com detalhes que, há 20 anos, nos faziam parar tudo. “Na quadra em que nos separamos, nunca imaginava voltar a tocar com o Maltz. Mas tanto tempo passou, tanta coisa rolou… Somos sim diferentes, mas a música que nos une, hoje, está supra disso”, conta. Esse é um cenário generalidade também para outros integrantes, de outras bandas, que voltaram ou podem voltar: moeda, emoção, maturidade e tempo (que trato e ameniza muita coisa). Quem sabe sua filarmónica preferida também não usa essa receita e volta à ativa?

Oasis de volta: relembre os principais sucessos da filarmónica britânica

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios