Número 2 do Ministério dos Direitos Humanos pede demissão

Rita Cristina de Oliveira, atual secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos, pediu destituição na noite desta sexta-feira (6). O pedido ocorre pouco depois de o titular da pasta, Silvio Almeida, ser despedido pelo presidente presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por arguição de assédio sexual.

O governo chegou a informar que Rita substituiria interinamente Almeida, seguindo o que está previsto na legislação: na falta do ministro é o secretário-executivo que ocupa a função.

Porém, uma hora e meia depois a destituição de Almeida ser comunicada, Rita publicou em uma rede social uma enunciação de escora ao ex-chefe.

“Eu nunca vou soltar sua mão. Lealdade, reverência e surpresa eternos”, escreveu a ex-número 2 do Ministério dos Direitos Humanos

A CNN apurou que a o pedido de destituição de Rita deve ser oficializada em edição extra do Quotidiano Solene da União (DOU).

Entenda o caso

A organização Me Too Brasil confirmou, na quinta-feira (5), que recebeu denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida.

O caso foi publicado inicialmente pelo portal “Metrópoles”, que apontou a ministra da Paridade Racial, Anielle Franco, porquê uma das vítimas. A CNN apurou que ela relatou, para integrantes do governo, ter sido intuito de assédio.

Conforme apuração da CNN, pelo menos quatro casos de assédio sexual foram levados ao Me Too. Também teriam sido feitas dez denúncias de assédio moral contra Silvio Almeida no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania.

Em nota, o ministro disse “repudiar com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra” ele. Alegou ainda que as denúncias não têm “materialidade” e são baseadas em “ilações” e que o objetivo das acusações são lhe “prejudicar” e “bloquear seu porvir”.

A Polícia Federalista abriu um protocolo inicial de investigação sobre o caso. Ou por outra, segundo o Planalto, a Percentagem de Moral Pública da Presidência da República abriu “procedimento prévio para esclarecer os fatos”.

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