
Conheça o primeiro café agroflorestal sustentável e orgânico da Amazônia
Culturas porquê açaí, cacau e castanha provavelmente são as primeiras que vêm à mente da maioria das pessoas quando o tema é produção agrícola na Amazônia. Mas, com grandes avanços em inovação nas últimas décadas, a região tem se mostrado promissora também em outros cultivos, com modelos de plantio cada vez mais desvinculados do desmatamento.
É o caso do moca, que há pelo menos dez anos têm se fortalecido porquê resultado sítio de subida qualidade, nascente de renda para a cultivação familiar e grande coligado na preservação da floresta.
Nesse movimento, o Moca Apuí Agroflorestal, do Amazonas, é um dos destaques. Lançado em 2015, é o primeiro moca 100% orgânico cultivado em sistema de agrofloresta (SAF) na Amazônia. Com plantio sombreado, integrado com árvores e outras espécies nativas, o padrão contribui para a recuperação de áreas desmatadas e defende a floresta em pé.
Além do valor associado pelos relevantes benefícios socioambientais, o moca cultivado em Apuí, um híbrido das variedades Robusta e Conilon, também se diferencia pelos atributos únicos de sabor. Graças à combinação do clima quente e úmido da Amazônia com o plantio em sombra, os frutos são maiores e mais adocicados que outros da mesma espécie, originando uma bebida encorpada com sabor intenso.
Moca Apuí Agroflorestal é o primeiro 100% orgânico cultivado em(SAF) na Amazônia. (Apuí Agroflorestal/Divulgação)
Produção sustentável de ponta a ponta
O sistema produtivo implementado foi uma sugestão da ONG Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) aos produtores locais que haviam desabitado seus cafezais. “A proposta era moderar o progressão do desmatamento por meio do desenvolvimento de uma cárcere produtiva sustentável, considerando a verdade e a expertise dos produtores locais”, conta André Vianna, diretor técnico do Idesam.
Para essa retomada, foi preciso incentivar a estruturação de toda uma novidade cárcere, envolvendo, por exemplo: capacitar e seguir os agricultores; oferecer assistência técnica e extensão rústico às famílias (ATER); viabilizar mudas de moca e nativas para plantio em consórcio; fortalecer a associação de agricultores; implementar a certificação orgânica participativa; e estabelecer parcerias para torrefação e beneficiamento.
Benefícios dos Sistema Agroflorestal
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Os resultados têm sido animadores: de 2014 a 2023, o projeto somou mais de 120 milénio mudas de espécies nativas plantadas, apoiando a restauração de 190 hectares de floresta e a conservação de outros 7,7 milénio hectares. A produção, ao todo, superou as 100 toneladas de moca, abrangeu 113 famílias produtoras e teve seu valor de venda triplicado entre 2017 e 2023.
Venda garantida, e a preço justo
A término de certificar a compra da produção e gerenciar a comercialização, em 2019 a organização criou ainda a startup Amazônia Agroflorestal, uma spin-off do Idesam, para ser a ponta mercantil do projeto, levando o moca a outras regiões. “O objetivo é fechar a cárcere do moca e prometer a comercialização do resultado”, explica Vianna.
A empresa se compromete a comprar 100% do moca produzido localmente. O valor pago é definido em conjunto com os próprios produtores, de forma que seja justo, considerando o preço base estabelecido e a associação de valor por ser orgânico e de qualidade.
Nesse contexto, o Idesam é responsável por apresentar a iniciativa a parceiros e captar recursos para possibilitar a implantação dos sistemas agroflorestais, a certificação orgânica, a estruturação do viveiro e outras atividades de campo, porquê oficinas para a comunidade.
Por meio deste trabalho diversas empresas já participaram porquê apoiadoras – Fundo Vale, Mercado Livre e Farm são exemplos –, possibilitando a constituição do projeto na dimensão que ele tem hoje. Neste ano, os apoiadores são WeForest, Helexia, IHS, TikTok, WWF, Volcafé, ERM e, recentemente, o Grupo Carrefour, que anunciou o investimento de R$ 28 milhões em projetos destinados ao combate ao desmatamento e à conservação das florestas.
Expansão para novas regiões
O novo reforço contribuirá para o Moca Apuí Agroflorestal estribar a recuperação de mais de 190 hectares, o que equivale a 1,95 milhão de metros quadrados, até 2027. Segundo o Idesam, a estimativa é que haja ainda o aumento da renda dos pequenos produtores em até 70%.
Atualmente, além do município de Apuí, o projeto está presente em Matupi, província da cidade de Manicoré, e foram implantados sistemas agroflorestais na Vila do Sucunduri, uma extensão afastada do núcleo urbano de Apuí. É nessas três regiões que o Idesam planeja expandir o número de SAFs.
“A expansão visa não somente aumentar a produção, mas também promover o desenvolvimento sustentável, melhorar a qualidade de vida dos produtores locais e resguardar a biodiversidade da Amazônia”, salienta Vianna.