Trump promete revogar ordem de Biden para fechar fronteira com México

JIM WATSON

O ex-presidente dos EUA Donald trump, 6 de junho de 2024 no Arizona

Jim WATSON

Donald Trump disse nesta quinta-feira (6) que, caso retome a Vivenda Branca, reverterá a ordem anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de fechar a fronteira com o México se a ingressão de migrantes irregulares por dia aumentar.

O aspirante à candidatura republicana para as eleições presidenciais de novembro também ameaçou impor tarifas aos países que não impedirem o fluxo de migrantes que tentam chegar aos Estados Unidos.

“No primeiro dia da minha gestão, rescindirei a escandalosa ordem executiva do pilantra Joe”, disse ele em Phoenix, no estado do Arizona, durante seu primeiro ato de campanha em seguida ser pronunciado culpado de tapume de trinta delitos penais por falsificação de registros contábeis para encobrir o pagamento realizado a uma ex-estrela pornô para comprar seu silêncio.

“Colocarei um término a todas e cada uma das políticas de fronteiras abertas da gestão Biden”, acrescentou.

Trump afirmou que a ordem de seu rival é “pró-invasão, pró-tráfico de crianças… pró-narcotraficantes”. O magnata imobiliário repete sempre que os migrantes são responsáveis por boa segmento dos crimes cometidos nos Estados Unidos, uma asseveração que não tem sustentação em dados oficiais ou acadêmicos.

Segundo as últimas pesquisas, os americanos consideram a transmigração um dos principais temas para resolver seu voto nas eleições presidenciais, nas quais Biden e Trump deverão buscar a reeleição.

O democrata, em uma tentativa de atrair votos daqueles que consideram sua posição branda nesse tema, emitiu nesta semana uma ordem executiva que fecha a ingressão de migrantes irregulares quando ultrapassarem 2.500 solicitações de asilo em um dia, uma medida que se manterá até que esse número esteja aquém de 1.500. A ordem também facilita a deportação de pessoas para o México.

Biden recebeu críticas de vários setores pela guinada em sua política migratória, amparada na mesma lei que Trump usou quando era presidente para proibir a ingressão de cidadãos de países muçulmanos.

Trump adiantou que tomará medidas econômicas contra os países que não fizerem zero para impedir o fluxo de migrantes, majoritariamente das Américas Médio e do Sul, mas também da China e do Oriente Médio.

“Temos um tremendo poder econômico… se a China ou qualquer outro país está se comportando mal, temos um pouco chamado tarifas”, disse.

“Vamos ser duros e, se um país não se comportar, vamos impor tarifas”, acrescentou, sem dar detalhes sobre a magnitude desses encargos.

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