Europa não é mais um continente de paz, afirma presidente ucraniano

Julien de Rosa

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, discursa na Parlamento Vernáculo francesa, em 7 de junho de 2024

JULIEN DE ROSA

A Europa não é mais um continente de sossego devido à invasão russa da Ucrânia, afirmou nesta sexta-feira o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, no Parlamento da França, antes de invocar o homólogo russo, Vladimir Putin, de “inimigo geral” de seu país e da Europa.

“Vivemos em uma idade em que a Europa já não é um continente de sossego”, declarou o presidente, ao alertar que 80 anos depois do Desembarque da Normandia, a invasão do seu país pela Rússia trouxe de volta “o nazismo […] à Europa”.

Durante um exposição no Parlamento galicismo, Zelensky expressou o libido de que a reunião de cúpula internacional sobre a sossego, de 15 e 16 de junho na Suíça, possa aproximar a Ucrânia “do termo da guerra”.

“Sou grato por tudo que estão fazendo, que é muito. Mas para uma sossego justa é necessário fazer mais”, insistiu.

“É na Ucrânia que reside a chave da segurança da Europa”, disse ele. “Sem controlar a Ucrânia, a Rússia terá que ser um Estado vernáculo normal, e não um predomínio colonial que procura continuamente novos territórios na Europa, na Ásia e na África”, disse.

Mais de 100 países e organizações foram convidadas para a conferência de sossego na Ucrânia, que acontecerá na cidade de Lucerna. A Rússia não está na lista de convidadas.

Em abril, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a conferência “não faz sentido” sem a presença da Rússia.

Devido à invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, a Rússia também não foi convidada para as cerimônias organizadas na França para comemorar os 80 anos do Desembarque na Normandia, que contribuiu para libertar a Europa da ocupação nazista, apesar do ressaltado preço que a União Soviética pagou na vitória final (27 milhões de mortos civis e militares).

Entre os convidados estavam o rei britânico Charles III, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, o presidente Zelensky e quase 200 veteranos de países aliados.

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