Wall Street sobe após colapso na segunda-feira

CHARLY TRIBALLEAU

Cotações de Wall Street em uma vitrine na Times Square, em Novidade York, em 5 de agosto de 2024

CHARLY TRIBALLEAU

A bolsa de Novidade York recuperava força nesta terça-feira (6) depois o colapso ocorrido na véspera e a poderoso subida registrada pelo Nikkei em Tóquio.

Depois de viver seu pior dia em dois anos, o índice industrial Dow Jones e o S&P 500, das principais empresas, começaram a terça em subida, com ganhos de 0,72% e 0,83%, respectivamente, depois as primeiras operações. O índice tecnológico Nasdaq subia 0,46%.

As taxas dos títulos do Tesouro subiam 3,82%, frente ao 3,78% de segunda-feira, nos papéis a 10 anos.

Na segunda-feira, os títulos haviam derribado fortemente devido ao receio de uma recessão nos Estados Unidos, depois a divulgação, no termo da semana passada, dos dados de trabalho na maior economia mundial, o que levou os investidores a buscar a segurança dos papéis da dívida.

O iene, por sua vez, deixou de se valorizar e se estabilizava em 144,48 por dólar.

“Diante do que aconteceu nos mercados globais na segunda-feira, podemos observar hoje (terça-feira) que o iene está mais fraco em relação ao dólar”, resumiu Patrick O’Hare, da Briefing.com, para explicar a calma que voltou a Wall Street.

“Em segundo lugar, o Nikkei subiu 10,2% depois o colapso de segunda-feira”, acrescentou.

Algumas gigantes da bolsa que caíram fortemente na segunda-feira, porquê Nvidia (-6,36%), Apple (-4,82%) ou Amazon (-4,10%), estavam se recuperando ou se estabilizando devido a compras de oportunidade a bons preços.

O grupo de maquinaria pesada Caterpillar, considerado um termômetro da saúde da economia global, subia 1,55% depois apresentar lucros supra do esperado no segundo trimestre do ano, apesar da queda nas vendas.

Sua receita caiu 4% em relação ao mesmo período do ano pretérito, para 16,7 bilhões de dólares (R$ 94,4 bilhões), e o lucro líquido caiu 8,25%, para 2,68 bilhões (R$ 15,1 bilhões).

Os analistas consultados pela Factset esperavam 16,91 bilhões (R$ 95,6 bilhões) e 2,66 bilhões (R$ 15 bilhões) de dólares, respectivamente.

– Segunda-feira de pânico nos mercados –

Na segunda-feira, a bolsa de Novidade York desabou em meio a um movimento de pânico que atingiu os mercados globais, devido aos temores de recessão nos Estados Unidos e à valorização do iene.

O índice Dow Jones, em seu pior dia desde 2022, caiu 2,60%. O Nasdaq, em mínimas desde maio, perdeu 3,43%, enquanto o S&P 500 recuou 3%.

Os 30 papéis que compõem o Dow Jones terminaram no vermelho e os 11 setores do S&P 500 também.

O índice VIX, publicado porquê “índice do pavor” por medir a volatilidade do mercado, subiu durante o dia a um sumo desde março de 2020, quando foi declarada a epidemia de Covid-19.

O mercado avalia se o Federalista Reserve (Fed), o banco meão americano, espera demais para reduzir suas taxas de juros, depois da divulgação dos dados de trabalho nos Estados Unidos, dois dias depois o termo de uma reunião que decidiu pela manutenção dos níveis atuais.

O Fed mantém suas taxas de juros em níveis inéditos em mais de duas décadas, entre 5,25% e 5,50%, para esfriar a economia diante de uma inflação elevada. Taxas de juros altas encarecem o crédito e desestimulam o consumo e o investimento, reduzindo assim a pressão sobre os preços.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos subiu em julho mais do que o previsto, para 4,3%. É a taxa de desemprego mais subida no país desde outubro de 2021.

Outrossim, o aumento das taxas pelo Banco do Japão fez com que os fundos especulativos limitassem o “carry trade” em ienes, um mecanismo que consiste em tomar crédito em moeda japonesa a taxa baixa para investir em ativos de risco, porquê as ações do Nasdaq.

A manobra consequentemente afetou o mercado acionário, de onde essencialmente saiu quantia.

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