
Análise: EUA e Europa não precisam do Brasil para entender acontecimentos na Venezuela
O crítico de internacional da CNN Lourival Sant’Anna afirmou que os Estados Unidos e a Europa não necessitam do Brasil para compreender os acontecimentos na Venezuela, mormente no que diz saudação às recentes eleições presidenciais no país sul-americano. Em participação no CNN Prime Time, Sant’Anna disse que embora o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) alegue que os presidentes estrangeiros estão buscando entender a situação venezuelana através da perspectiva brasileira, a veras é dissemelhante.
O perito destacou que existe uma linguagem diplomática específica utilizada entre líderes mundiais. Quando um presidente deseja incentivar outro a adotar uma determinada posição, ele utiliza expressões de gratulação e reconhecimento. Sant’Anna citou porquê exemplo a recente interação entre o presidente gaulês, Emmanuel Macron, e o presidente Lula.
“É uma forma indireta, diplomática, de expor que essa é a posição certa, de tutorar a transparência no processo”, explicou Sant’Anna, referindo-se à postura de Macron ao agradecer a “liderança” de Lula na questão venezuelana.
Transparência e reconhecimento da oposição
Sant’Anna argumentou que tutorar a transparência no processo eleitoral venezuelano é, na prática, reconhecer a vitória da oposição. Ele afirmou que tanto os líderes europeus quanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já haviam expressado essa posição anteriormente.
O crítico também criticou a postura do governo brasílio, afirmando que o Itamaraty é “muito bom em empacotar as coisas” e apresentar uma narrativa em que os líderes estrangeiros estariam buscando compreender a Venezuela através da perspectiva brasileira.
A estudo de Lourival Sant’Anna lança luz sobre as complexidades da diplomacia internacional e as diferentes interpretações dos eventos políticos na Venezuela, destacando o papel do Brasil nesse cenário geopolítico.
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