Análise: Da forma que Lula está agindo, nada vai mudar na Venezuela
No WW, o exegeta de internacional da CNN Lourival Sant’Anna fez uma estudo sátira sobre a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à situação política na Venezuela. Segundo Sant’Anna, a forma uma vez que Lula está agindo não contribuirá para mudanças significativas no país governado por Nicolás Maduro.
De tratado com o técnico, o regime venezuelano continua empregando instrumentos de repressão e utilizando uma frente de legitimidade através do Ministério Público bolivariano para prender opositores. Sant’Anna ressaltou que “não há indícios de que essa ditadura se dispõe a trespassar de onde ela está”.
O exegeta destacou que a oposição venezuelana tem tentado diversas estratégias nos últimos 25 anos para vencer o regime. Ele mencionou que a não participação nas eleições de 2017 e 2018 foi devido às arbitrariedades e manipulações cometidas pelo governo Maduro.
Sant’Anna elogiou a atual estratégia da oposição, classificando-a uma vez que “a mais robusta” que já viu, comparando-a inclusive com movimentos de outros países que enfrentaram autocracias, uma vez que a Ucrânia antes da invasão da Crimeia.
O papel do Brasil e a responsabilidade de Lula
O técnico enfatizou a preço do papel do Brasil e a responsabilidade do presidente Lula nesse contexto. Segundo Sant’Anna, Lula poderia fazer mais para pressionar o regime venezuelano, não exclusivamente por uma questão moral, mas também por pragmatismo político.
“Ele estaria assumindo a responsabilidade que cabe a um líder da região e, ao fazer isso, uma frente de países democráticos da região que elevassem a pressão contra esse regime, que é um regime que viola consideravelmente e continuamente as leis humanitárias”, afirmou o exegeta.
Sant’Anna concluiu que, embora uma mudança imediata de regime seja improvável, uma postura mais firme do Brasil poderia fragilizar o governo Maduro e aumentar as chances de uma rescisão no médio ou longo prazo. No entanto, ele ressaltou que “da forma uma vez que o Brasil está agindo, é que zero vai sobrevir e essa agulha vai permanecer no mesmo lugar”.
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