
Análise: Critério brasileiro muda a depender se é um aliado no poder ou a oposição
O crítico de internacional da CNN Lourival Sant’Anna fez uma estudo sátira da política externa brasileira sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontando uma tendência de propiciar aliados considerados de esquerda, independentemente de serem democráticos ou não.
Sant’Anna destacou a diferença entre o exposição do Itamaraty e as práticas e declarações do presidente Lula, ressaltando que as decisões tomadas pelo governo brasiliano têm consistentemente favorecido líderes e governos identificados porquê de esquerda, em detrimento daqueles considerados de direita.
O crítico citou um exemplo histórico de 2003, quando o logo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, não apoiou o presidente democraticamente eleito da Bolívia, Gonzalo Sánchez de Lozada, durante protestos liderados por Evo Morales. Sant’Anna contrastou essa situação com a atual postura do governo Lula em relação à Venezuela, onde o espeque é oferecido ao regime de Nicolás Maduro, apesar das contestações à legitimidade de sua eleição.
“O critério do banho de sangue, ele muda se é o seu companheiro que está no poder ou se é o companheiro que está na oposição”, afirmou Sant’Anna, referindo-se à justificativa utilizada pelo Brasil para não estribar repressões a manifestações populares.
Alinhamento com autocracias
O crítico também apontou que a política externa brasileira tem se desempenado cada vez mais explicitamente com países considerados de esquerda, independentemente de serem democracias ou autocracias. Esse posicionamento, segundo Sant’Anna, ganha uma conotação mais problemática no atual contexto de polarização global entre regimes democráticos e autocráticos.
Sant’Anna ressaltou o paradoxo dessa situação, considerando a história de Lula porquê um líder que enfrentou uma tentativa de golpe militar e tem um pretérito de luta pela democracia. No entanto, o tipo de esquerda que o governo brasiliano apoia atualmente é descrito pelo crítico porquê “estatista, intervencionista, que tem porquê definidor ser antiamericano”, o que, no cenário político atual, acaba se tornando uma postura antidemocrática.
A estudo de Lourival Sant’Anna levanta questões importantes sobre a congruência e as implicações da política externa brasileira no cenário geopolítico atual, principalmente em relação aos conflitos e disputas de poder na América Latina e no mundo.
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