A gente aposta em consenso no Congresso e estamos dispostos a ceder, diz número 2 de Haddad

O secretário Executivo do Ministério da Quinta, Dario Durigan, afirmou que o governo está “disposto a ceder” nas negociações com o Congresso Vernáculo para evitar a “polarização” de ideias e continuar com as pautas econômicas nas casas legislativas.

Em meio às negociações sobre desoneração da folha de pagamento, dívidas dos estados e reforma tributária, o número dois do ministro Fernando Haddad, reforçou que a pasta “reviu diversas posições” mas que “não abre mão do estabilidade das contas públicas”.

“A gente não apostamos na polarização, a gente aposta na formação de consensos no congresso, estamos dispostos a ceder da teoria inicial concebida na rancho”, afirmou em exposição no seminário Políticas industriais no Brasil e no Mundo, promovido pela Confederação Vernáculo da Indústria (CNI), ocorrido nesta terça-feira (6).

Dario ainda pontuou que o exposição da Quinta tem insistido no diálogo até “com certa teimosia em alguns temas”, para promover o desenvolvimento do país com estabilidade das contas públicas.

De tratado com ele, as decisões são tomadas com números e que estão pensando no país, no orçamento público e no planejamento para os próximos anos.

“Precisamos proteger o fiscal do Brasil. A Quinta não abre mão de ter o estabilidade das contas públicas. Gostaríamos de ter feito antes, mas não foi provável. Portanto, vamos fazer esse ano, vamos fazer no ano seguinte, mas não abrimos mão”, pontuou.

Durigan destacou que, em um ano e meio de governo, muita coisa foi feita, mesmo em meio às posições céticas sobre a equipe econômica, houve entrega ainda que “não da forma uma vez que esperava ou uma vez que queria”, mas que continua “surpreendendo”.

“Os resultados na economia, estão de bom tamanho para o que a gente gostaria? Não. Não estão, mais perto do que se esperava, havia um ceticismo muito grande, havia uma baixa expectativa para o propagação, geração de serviço, juros,  balança mercantil, e nós fomos surpreendidos, não da forma uma vez que gostaríamos, mas surpreendemos”, destacou.

Substituto de Haddad, que está em férias até o próximo dia 9 de agosto, Dario disse ainda que as reuniões que a equipe econômica teve recentemente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram no sentido de substanciar a posição de “manter o busto fiscal custe o que custar”.

Segundo ele, o presidente autorizou o governo a tomar algumas medidas uma vez que a revisão do gasto público em R$ 25 bilhões – já anunciada por Haddad – e que já constará no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), a ser enviado ao Congresso Vernáculo até o próximo dia 31 de agosto.

Citou também o bloqueio de R$ 15 bilhões no orçamento, feito recentemente pela equipe econômica para manter as contas. “É Importante fazer, sabemos da dificuldade mas importante adotar com coragem ainda que cause repercussão negativa, para manter a previsibilidade no busto fiscal”.

Durigan ainda pontuou a transição da presidência do Banco Medial, a ser feita até 31 de dezembro deste ano, uma vez que medida importante para evitar “precificação indevida no mercado”

“Somos em prol da autonomia do Banco Medial porque garante que não haja oposição política no BC, que haja diálogo técnico e entendimento”, afirmou.

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