"Queria que nossas mães pudessem nos ver", diz HIllary Clinton ao apoiar Kamala Harris

Há oito anos, a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, discursou na convenção democrata (DNC, na {sigla} em inglês). Na estação, ela era a candidata do partido para enfrentar o logo outsider Donald Trump nas eleições de 2016. Nesta segunda-feira, 19, ela voltou ao palco da DNC, que neste ano acontece em Chicago, para estribar a vice-presidente Kamala Harris, outra mulher que tenta ser a primeira a chegar à Morada Branca.

 “Gostaria que minha mãe e a mãe da Kamala pudessem nos ver hoje. Elas diriam: continuem.”, disse. 

Por volta das 20h40 (22h40 no horário de Brasília), ela subiu ao palco e foi ovacionada de pé pelos milhares de democratas presentes. Ela foi aplaudida por mais de um minuto antes que pudesse falar.

Clinton foi a primeira mulher a vencer uma eleição americana no voto popular, mas não obteve votos suficientes no Escola Eleitoral, que define as eleições no país norte-americano.

Por isso, Clinton passeou pela história das mulheres na política americana, trazendo o caso de Shirley Chisholm, que em 1972 foi a primeira mulher e pessoa negra a concorrer a presidência dos EUA.

“Em 1984, eu levei minha filha para ver Geraldine Ferraro, a primeira mulher indicada para vice-presidente. ‘Se podemos fazer isso cá, podemos fazer qualquer coisa’, pensei”, afirmou Clinton.

“E logo houve 2016, quando foi a maior honra da minha vida concordar a nomeação do nosso partido para presidente”, prosseguiu, citando a roteiro para Trump.

“Depois disso, nos recusamos a desistir da América. Milhões marcharam. Muitos concorreram a cargos. Mantivemos nossos olhos no porvir”, afirmou. “Muito, meus amigos, o porvir chegou.”

Clinton e Kamala

Clinton e Kamala, que se enfrentaram nas primárias democratas de 2008, criaram uma relação bastante próximos nos últimos anos, segundo reportagem do New York Times.

Não à toa, Clinton e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, estiveram entre os primeiros democratas proeminentes a estribar a campanha de Kamala logo que o presidente Joe Biden anunciou sua desistência.

“Porquê presidente, ela sempre cuidará de nós. Ela lutará para reduzir os custos para as famílias trabalhadoras. Abrirá as portas para empregos muito remunerados”, afirmou, emendando:

“E, sim, restaurará os direitos ao monstruosidade em todo o país.”

A plateia gritou com a asserção, uma das bandeiras mais fortes de Kamala e dos democratas na disputa eleitoral.

Naturalmente, Clinton virou a bateria de críticas ao ex-presidente Donald Trump:

“Em seu primeiro dia no tribunal, Kamala disse cinco palavras que ainda a guiam: ‘Kamala Harris, para o povo.’ Isso é alguma coisa que Donald Trump nunca entenderá.'”, disse a democrata.

A política também pediu que os correligionários não relaxarem, “não importa o que as pesquisas digam”, em referência aos recentes bons números de Kamala Harris.

“Meus amigos, quando uma barreira cai para um de nós, ela cai e abre o caminho para todos nós. Portanto, nos próximos 78 dias, precisamos trabalhar mais do que nunca trabalhamos. Precisamos combater os perigos que Trump e seus aliados representam para o estado de recta e para nosso modo de vida. Não se distraiam”, afirmou.

AOC

Mais cedo, outra mulher havia chamado a atenção da plateia. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez subiu ao palco por volta das 20h e, em pouco mais de cinco minutos, fez seu oração de pedestal a Kamala Harris. Na convenção, ela optou por um tom moderado.

A deputada Alexandra Ocasio-Cortez discursa na convenção democrata, em Chicago, nesta segunda, 19 (Luciano Pádua/Fiscalização)

“Com Kamala Harris, temos a chance de seleccionar uma presidente que vem da classe média, que entende as necessidades das pessoas da classe média”, disse Ocasio-Cortez.

“Ela está comprometida com os direitos reprodutivos, assim uma vez que está comprometida em enfrentar a ganância corporativa.”

Ela também citou a guerra entre Israel e Gaza, tema sobre o qual costuma ser sátira e já classificou a atuação israelense uma vez que “genocídio”.

Na convenção, AOC moderou e afirmou confiar que Kamala trabalhará “incansavelmente para prometer um contrato de cessar-fogo em Gaza e trazer reféns de volta para lar”.

E por termo, trouxe outra preocupação dos democratas aos delegados: as disputas na Câmara e no Senado.

“Não podemos exclusivamente seleccionar Kamala e Tim [Walz, vice da chapa] para a Morada Branca. Precisamos também seleccionar uma potente maioria democrata no Congresso”, disse.

Mostrar mais

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios