Américo: Kamala e Trump não deram a devida importância para mudanças climáticas
As mudanças climáticas, um tema de extrema relevância global, foram surpreendentemente negligenciadas nos discursos eleitorais tanto de Kamala Harris quanto de Donald Trump, conforme estudo do técnico em assuntos internacionais Américo Martins. Esta preterição levanta questionamentos sobre as prioridades dos candidatos em uma das eleições mais acirradas dos Estados Unidos.
Martins enfatiza a prestígio crucial dos Estados Unidos no debate sobre mudanças climáticas, sendo a maior economia do mundo e um dos principais emissores de gases de efeito estufa. “Os Estados Unidos são fundamentais, absolutamente fundamentais em qualquer debate com mudança climática”, afirma o comentador, ressaltando o papel de liderança que o país deveria assumir no combate ao aquecimento global.
Posicionamentos contraditórios dos candidatos
O comentador destaca as posturas divergentes dos candidatos em relação ao tema. Trump, descrito uma vez que “praticamente um negacionista”, retirou os EUA dos Acordos de Paris durante seu procuração, sendo o único país a desistir o tratado depois sua adesão. Por outro lado, Joe Biden, ao assumir a presidência, prontamente reintegrou o país ao contrato.
Kamala Harris, surpreendentemente, também não deu a devida atenção ao ponto. Martins aponta que a candidata democrata chegou a revisar algumas de suas posições anteriores sobre mudanças climáticas, citando uma vez que exemplo sua mudança de postura em relação ao fracking na Pensilvânia, uma prática com significativo impacto ambiental.
Estratégia eleitoral em detrimento do debate climatológico
A privação do tema nos discursos é atribuída a uma estratégia eleitoral calculada. Os candidatos parecem evitar o ponto para não alienar eleitores em estados-chave, uma vez que a Pensilvânia, onde indústrias com eminente impacto ambiental têm peso econômico significativo.
Martins lamenta a perda de uma oportunidade crucial para um debate mais aprofundado sobre as mudanças climáticas. “Infelizmente perdeu-se uma oportunidade e se tem um debate muito mais possante sobre isso”, conclui o comentador, ressaltando a premência de uma discussão mais ampla e urgente sobre o tema, mormente considerando o papel dos Estados Unidos na liderança global contra as mudanças climáticas.