Marçal diz não ter “nenhuma ligação” com falso laudo: “Só publiquei”
O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) afirmou, neste sábado (5), que não tem “nenhuma relação” com o falso laudo que postou na noite de sexta-feira (4) em seu perfil do Instagram.
O documento associava seu justador Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína. De pacto com a perícia da Polícia Social de São Paulo, o laudo divulgado por Marçal é falso.
“Eu recebi e publiquei”, disse Marçal à prensa na tarde deste sábado. Questionado se a vericidade foi comprava antes de publicar em seu perfil, Marçal disse que “quem postou verificou”.
“Eu, Pablo, na minha rede social foi postada, eu não tenho nenhuma relação com o laudo. Pode perguntar pro Tassio Renan, que é meu jurista”, disse. “Ele deu o laudo. Eu só publiquei.”
A resguardo de Boulos disse que o uso de documentos falsificados durante uma campanha eleitoral é uma violação grave da legislação, e que Marçal enfrentará consequências nas esferas eleitoral, cível e criminal.
Os demais candidatos à prefeitura paulistana criticaram a postagem de Marçal.
Consequências da publicação do falso laudo
A postagem de Marçal pode render o procuração dele se eleito prefeito de São Paulo, e torná-lo inelegível, avaliam ministros do Supremo Tribunal Federalista (STF), apurou a exegeta de política da CNN Basília Rodrigues.
Uma vez que na lei não existe exatamente o violação de “fake news”, Marçal pode ser processado e julgado por agravo de poder político e econômico, supostamente cometidos pelo candidato durante a campanha. Independentemente do resultado eleitoral, Marçal tende a tolerar consequências na Justiça, acreditam ministros do STF.
Em seguida a postagem, a Justiça mandou tirar o ar o perfil de Marçal no Instagram. Em seguida a decisão, o candidato do PRTB abriu um novo perfil na mesma plataforma.
Cinco horas em seguida a primeira decisão, a novidade conta dele foi suspensa. A medida, direcionada ao Instagram, deve valer pelo prazo de 48 horas, segundo decisão do juiz Rodrigo Capez.
Em nota divulgada à prensa, Pablo Marçal afirma que a decisão foi “desproporcional” e “claramente política”, e que visa silenciá-lo e impedir que suas propostas cheguem aos eleitores.
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