
Ex-presidente do BNDES à CNN: Ideal para a economia brasileira era ter superávit fiscal
O economista e ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros defendeu que a única maneira de reestabelecer a economia brasileira é através de um superávit fiscal permanente. No entanto, ele reconhece que, diante da atual situação, isso borda o impossível.
Em entrevista ao WW, Mendonça de Barros argumentou: “É evidente que o ideal para uma economia uma vez que a brasileira, que tem uma dívida subida, era ter um superávit fiscal de tapume de 1, 1,5% do PIB durante um claro período para que conseguisse inverter essa curva de incremento”.
Apesar de tutorar essa posição, o economista pondera que o déficit previsto para nascente ano e o próximo, considerando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é “muito razoável”. Ele ressalta que não se pode indagar a política fiscal de um governo fora do contexto político e ideológico.
Impacto da pandemia na economia
Mendonça de Barros destacou o impacto da pandemia na economia, comparando as medidas tomadas no Brasil com as de outros países: “Paulo Guedes, que não pode ser criticado por falta de responsabilidade fiscal, fez uma expansão de 10% do PIB”.
O economista argumenta que essa expansão, combinada com uma recessão menos severa que a prevista, resultou em um estoque de moeda emitida que acabou invertendo a dinâmica do incremento econômico, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Ele critica ainda os analistas que vêm errando as previsões de incremento do PIB desde 2021: “Esse pessoal vem errando o incremento do PIB desde 2021. São três anos de erro sistemático, porque não consideraram essa expansão monetária que teve para se tutorar da Covid e que não aconteceu, o incremento cresceu”.
Por término, Mendonça de Barros elogia a gestão fiscal do governo Lula, afirmando que tem mostrado uma responsabilidade maior do que se esperava, contribuindo para o incremento da economia brasileira.