Sistema Cantareira: nível de água preocupa especialistas
O Sistema Cantareira, principal conjunto de represas responsável pelo provisão de chuva da Grande São Paulo, volta a ser motivo de preocupação. Especialistas alertam para os riscos de estiagem e queda na quantidade de chuvas, cenário que remete à crise hídrica enfrentada em 2014.
De entendimento com dados apresentados, o sistema, que atende tapume de 8,1 milhões de habitantes na região metropolitana de São Paulo, registrou uma queda significativa no volume de chuvas. Entre abril e julho deste ano, choveu 41,7% inferior da média para o período. Junho foi particularmente crítico, com unicamente 1,4% da média de chuvas esperada para o mês.
Situação atual e perspectivas
Atualmente, o nível do Sistema Cantareira encontra-se um pouco supra de 60% de sua capacidade. Embora esse patamar não seja considerado crítico no momento, as projeções para os próximos meses não são animadoras.
Pedro Cortes, exegeta de clima e meio envolvente, alerta: “O prognóstico não é positivo para o percurso do segundo semestre e mesmo para a viradela do ano”. Ele explica que a região deverá enfrentar um período com temperaturas supra da média e redução nas chuvas, condições similares às que precederam a crise hídrica de 2014.
Alerta e medidas preventivas
Diante desse cenário, o governo do estado de São Paulo já demonstra preocupação com a possibilidade de estiagem. Especialistas recomendam atenção e medidas preventivas para evitar uma provável crise.
“É importante velar chuva enquanto temos o que velar. Se a crise chegar porquê chegou em outras épocas, a situação realmente fica mais difícil”, adverte Cortes. Projeções indicam que, se a tendência atual persistir, o sistema pode chegar ao final do ano com unicamente 41% a 42% de sua capacidade, um nível considerado grave para o início do período pluviátil.
A situação do Sistema Cantareira serve porquê um alerta para a premência de uso consciente da chuva e de políticas públicas eficientes de gestão hídrica, mormente diante das mudanças climáticas e do desenvolvimento populacional nas grandes metrópoles.
Compartilhe: