
O que acontece quando uma pessoa é atingida por um raio?
Um jogador de futebol do time Familia Chocca, que disputa uma liga sítio no Peru, morreu ao ser atingido por relâmpago neste domingo (3) durante uma partida em Huancayo, segundo a escritório de notícias estatal peruana Andina. Outros quatro jogadores também ficaram feridos.
De conformidade com Rodrigo Salvetti, geólogo e professor de ciências biológicas do Núcleo Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), os raios são descargas elétricas formadas a partir do atrito do ar em movimento com as gotículas de chuva presentes nas nuvens.
“Quando as nuvens estão muito carregadas, o vento as desloca gerando o acúmulo de eletricidade estática, que pode se transmudar em uma descarga elétrica quando essas partículas eletricamente carregadas se chocam”, explica.
Ele esclarece que as descargas são muito comuns, e em universal se deslocam entre uma nuvem e outra. Mas podem ocorrer descargas que se direcionam da nuvem para o solo ou até do solo para a nuvem, conforme a polaridade das cargas elétricas.
Mas quando um relâmpago pode atingir uma pessoa? “Os raios vão procurar os pontos de maior diferença de potencial para descarregarem sua trouxa elétrica. Isso pode ser um para-raio, uma árvore ou até uma pessoa; em universal, mas não exclusivamente, são os pontos mais elevados em qualquer ponto da superfície”, explica.
Isso pode suceder em ambientes descampados, porquê praias, campos de pastagem e de futebol. “Onde quase tudo está ao nível do solo, a presença de um ser humano será o caminho mais fácil para ocorrer a descarga”, acrescenta Paulo Rezende, professor do curso de engenharia elétrica do Núcleo Universitário Braz Cubas.
Relâmpago pode motivar desde queimaduras à devastação dos tecidos e órgãos internos
Segundo Rezende, os danos causados pela passagem elétrica pelo corpo humano são inúmeros, podendo variar de queimaduras a devastação dos tecidos e órgãos internos, além de poder motivar paragem cardíaca, fibrilação, paragem respiratória e danos no sistema nervoso.
“Tratando-se de uma descarga atmosférica, a situação se agrava muito. Uma pessoa atingida por uma descarga atmosférica tem pouca chance de sobreviver”, afirma.
Quando uma pessoa sobrevive à descarga elétrica, podem ocorrer sequelas, que vão depender do caminho da manante elétrica pelo corpo e da qualidade do atendimento médico logo em seguida o acidente.
No entanto, Salvetti reitera que ser atingindo por um relâmpago é um acidente vasqueiro. “O mais geral é a pessoa ser atingida de forma indireta, recebendo a manante pelo solo ou por ramificações laterais do eixo principal do relâmpago”, explica. Ou seja, pessoas próximas do sítio ou da pessoa atingida também podem receber a descarga elétrica.
Uma vez que evitar ser atingido por um relâmpago?
Para evitar ser atingido por um relâmpago, alguns cuidados são necessários. Em universal, é importante buscar abrigo em um sítio protegido e só eletricamente.
“Pode ser dentro de um carruagem, morada, ou sob uma cobertura metálica aterrada”, afirma Salvetti. “É importante também estar calçado, de preferência com tênis ou botas de borracha, e evitar abrigo sob árvores ou torres metálicas, que conduzem facilmente a robustez das descargas elétricas para o solo, provocando a descarga pelas ramificações laterais”, acrescenta.
Ao estar em um sítio descampado, é fundamental buscar lugares cobertos em caso de mudança de tempo.
Aliás, os cuidados também devem ocorrer dentro de morada. “Fique longe de janelas e portas de metal e, se verosímil, semoto das paredes, telefones com fio e chuveiro. Também evite usar celular enquanto ele estiver carregando”, orienta Rezende.
Cuidados ao usar eletroeletrônicos em morada podem evitar acidentes